Na sua estreia no comando do Juventude, Julinho Camargo terá pela frente o Grêmio. O técnico, que já venceu o time da Capital neste Gauchão pelo Veranópolis, sonha em repetir o feito neste domingo, no gramado do Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Em entrevista a GaúchaZH, o treinador falou sobre o desafio contra a equipe de Renato Portaluppi e também sobre como o Ju pode evoluir para garantir classificação para as quartas de final.
Qual será sua estratégia para encarar o Grêmio no domingo?
Até por já ter enfrentado o Grêmio no Gauchão, a gente conhece muito a dupla Gre-Nal. Trata-se de um clube que acabou se ser bi da Recopa e tri da América. Está há quase dois anos com o mesmo treinador e manteve boa parte do grupo. Espero muitas dificuldades, o momento do Juventude não é bom. Estamos com pontuação delicada, vencemos só duas partidas em 2018. Mas a gente está trabalhando, faz poucos dias que comecei. Foram bons dias de trabalho, esperamos fazer um bom papel.
Acertar a defesa do Juventude é sua prioridade?
A equipe tem que ter equilíbrio entre os setores. Não ganho jogo só trabalhando com o ataque ou somente com a defesa.
Você teve sucesso ao acertar a defesa do Veranópolis.
Como treinador com raízes gaúchas, tendo passado pela dupla Gre-Nal, aprendi que uma equipe se começa de trás para frente. Fui auxiliar do Carpegiani e do Falcão, dois craques. Nas passagens que tive por Goiás, Brasília, dois anos em Minas Gerais, construí um pensamento de futebol total. É importante ter um sistema ofensivo operante, futebol é imposição de um pensamento sobre o outro. Mas tem vezes que você idealiza atacar seu adversário mas não consegue, porque o outro tem mais qualidade e te coloca para trás.
Você imagina que um empate seria um bom resultado?
É um clássico contra uma equipe que acabou de ganhar o bi da Recopa e o tri da América. Tem sempre que lutar para ganhar o jogo. Mas temos que saber que estamos enfrentando um dos melhores times do Brasil.
Qual peso teria a possível ausência de Luan no Grêmio?
Claro que o Luan é um craque, mas o Grêmio tem peças de reposição muito boas. Acho que todo o time, quando perde um jogador, sente muito. No nosso caso, o Felipe Lima não jogará, o Pará, nosso capitão, está suspenso. Cada time sente a ausência de forma diferente.
O quanto o Juventude precisa evoluir para se classificar?
Estou há poucos dias aqui, penso que no início a gente tem que ter respeito pelo comando que saiu. Ele (Antônio Carlos Zago) tentou fazer seu melhor e deixou coisas boas para o clube. Agora a gente está analisando, observando internamente e trabalhando para conseguir formatar as ideias que cabem melhor no elenco.
Quando você foi apresentado, falou em uma mini-operação de guerra para se classificar no Gauchão. Em quais fundamentos você está atuando de forma mais urgente no Juventude?
Nosso time tomou muitos gols no Gauchão. Então, temos que começar procurando resolver esta situação e estancar esta questão na defesa. No último jogo (já sem Zago), marcamos três gols e sofremos dois contra o Cruzeiro. Então, temos que ter uma postura um pouco mais serena e firme lá atrás. Podemos melhorar um pouco.