De reforço milionário, Miller Bolaños transformou-se em um problema a ser resolvido pelo Grêmio. Depois de o equatoriano anunciar que não deseja mais jogar no time, seu empresário chega hoje a Porto Alegre para decidir seu futuro.
Comprado no ano passado do Emelec-EQU por R$ 20 milhões, o meia marcou 15 vezes pelo clube gaúcho. Ou seja: cada gol custou R$ 1,33 milhão. O custo por cada um dos 45 jogos que realizou é de R$ 444 mil.
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Hoje, Bolaños completa 50 dias afastado da equipe de Renato Portaluppi. A última vez que jogou foi contra o Avaí, pelo Brasileirão, em 9 de julho, quando entrou no segundo tempo. Desde então, queixou-se de lesão no púbis e chegou até a viajar ao Equador para consultar-se com um médico de sua confiança.
De volta a Porto Alegre, retornou aos treinos com o grupo no CT, mas passou a alegar problemas psicológicos para não ser relacionado. A situação causou desconforto a Renato, que declarou que "não passará a mão na cabeça" do jogador.
Embora o técnico argentino Eduardo Coudet, do Tijuana-MEX, tenha manifestado interesse em contratar Bolaños, o empresário do meia, José Chamorro, diz que nenhuma oferta foi realizada.
– Não há proposta. Hoje (ontem) viajo a Porto Alegre e amanhã (hoje) falarei com os dirigentes – explica Chamorro.
A direção do Grêmio ainda não dá a saída de Bolaños como algo certo. Mesmo que a família do jogador queira deixar Porto Alegre por estar incomodada com os boatos criados em redes sociais sobre o meia, o clube ainda tentará demovê-lo da decisão. O vice de futebol Odorico Roman diz que a comissão técnica ainda conta com o equatoriano.
– Ele manifestou este desejo de sair, mas também pode mudar de ideia. Não fechamos nenhuma porta. Se ele decidir ficar, vamos trabalhar esta possibilidade – afirmou Roman.
Ainda assim, o desfecho da história de Bolaños no Grêmio é mais provável do que sua reintegração. Mas, se negociá-lo, a direção não pretende ter prejuízo. Até por isso, a hipótese de empréstimo a outro clube somente pelo salário está descartada.
O roteiro da situação até lembra o de sua saída do Emelec. É claro que naquela época Bolaños estava valorizado, já que tinha feito uma grande temporada pela equipe equatoriana. Mas também forçou negociação para deixar o clube.
– Ele brigou até o final para sair porque queria triunfar no Exterior – lembra Victor Loor Bonilla, repórter do site equatoriano StudioFútbol.
Bolaños no Grêmio
45 jogos
15 gols
50 dias sem jogar (último jogo foi em 9 de julho, contra o Avaí)
Custo da contratação
R$ 20 milhões por 70% dos direitos
R$ 1,33 milhão por cada gol
R$ 444 mil por cada jogo
ZHESPORTES
De saída?
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Adriano de Carvalho
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