
A viagem de ônibus a Chapecó remete Pedro Rocha ao passado. Era um período em que, ainda adolescente, o atacante saía com frequência do interior do Espírito Santos para realizar testes em clubes do interior paulista. Uma rotina que se manteve até sua chegada ao Grêmio, em 2014.
Assim, passar oito horas dentro de um ônibus para enfrentar a Chapecoense, nesta quinta (8), em Chapecó, é algo que em nada lhe traz desconforto.
– Acredito que viajar de avião é sempre melhor, pela comodidade e rapidez. Mas vou supertranquilo de ônibus. Viajei minha vida toda assim para fazer testes em times. Temos que passar por cima de algumas coisas, mas não podemos abrir mão do objetivo que é a vitória – disse o jogador, minutos antes da viagem até o oeste catarinense.
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Até agora, Pedro Rocha marcou quatro gols na temporada. Ainda que o técnico Renato Portaluppi realce a cada entrevista sua importância tática, o jogador segue na mira de parte da torcida, que não o perdoa pelas oportunidades desperdiçadas.
O jogador se defende, sob o argumento de que nem mesmo os melhores atacantes aproveitam todas as chances. Se os gols deixam de sair, afirma, não é por falta de treinamento.
– Sempre que dá, eu treino. Sempre peço para treinar no final, depois das atividades normais, mas há vezes em que há bastante jogos na semana e o pessoal da fisiologia e da preparação física, que tem todo o controle sobre nosso desgaste, pede para segurar um pouco ou fazer no outro dia – destaca.
Sobre o jogo contra a Chapecoense, sobram dificuldades para o Grêmio, apesar da boa fase vivida pela equipe, avalia Pedro Rocha:
– Joguei lá duas vezes. É difícil jogar, eles fazem um caldeirão no estádio deles. Eles vêm fortes, sabemos que são líderes, mas tempos que passar por cima disso.