
Foram três gols em 21 minutos. Um bola na rede adversária a cada sete minutos. Poucos reservas souberam aproveitar tão bem uma oportunidade quanto o atacante Everton, na quinta-feira chuvosa de Chapecó.
Colocado por Renato Portaluppi na vaga de Lucas Barrios a 14 minutos do segundo tempo, Everton marcou seu primeiro gol menos de um minuto depois, aproveitando passe de Pedro Rocha e encobrindo o goleiro Jandrei.
Apenas um minuto mais tarde, voltou a marcar, desta vez em assistência de Luan. O terceiro foi em novo passe de Luan. Everton construiu sua história no jogo entre o 14º e 35º minuto.
Para o atacante, o segredo da eficiência está na confiança passada por Renato Portaluppi a todos os jogadores de frente.
– Ele sempre diz: não importa se errar. Tem que tentar de novo, mesmo que erre uma ou duas vezes. O jogador precisa de confiança, em qualquer posição – agradece.
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Houve um período em que as oportunidades surgiam com maior frequência para Everton. Roger Machado chegou a fazer dele titular durante alguns jogos do Brasileirão. Dizia que o jogador precisava confiar mais em sua capacidade e "não se sabotar".
Hoje, com tantos jogadores na mesma posição, Everton brinca ao dizer que, daqui a pouco, será preciso sortear no papelzinho quem ficará na reserva.
Seu último jogo havia sido dia 28 de maio, na derrota dos reservas por 4 a 3 para o Sport, em Recife. Nas duas partidas seguintes, contra Fluminense, pela Copa do Brasil, e Vasco, pelo Brasileirão, não entrou nem no segundo tempo.
Para Everton, pouco importa se a chance vem como atacante de lado ou centralizado:
– Na base, eu já joguei nas duas funções. Para mim, não tem muita diferença.