
Conversei na tarde desta terça-feira (30) com Alexandre Torres, gerente de futebol do Fluminense e filho do capitão do Tri, Carlos Alberto Torres, que nos deixou há sete meses. Alexandre capitaneia com Abel a renovação com aposta na base, cujos resultados surpreendem. Os dois, aliás, são crias do clube. Chegaram guris e saíram zagueiros nos anos 70 e 80. Confira o nosso papo.
O Fluminense sempre revelou bons jogadores. Mas percebe-se, agora, um espaço maior para a gurizada.
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O Fluminense, ao longo do tempo, tem usado muitos jogadores o CT de Xerém. Por várias temporadas, tivemos um parceiro que investia pesado em contratações. Quando esse modelo se esgotou, tivemos de recorrer a jogadores da base, com custo menor. Entendemos que alguns nomes oferecidos no mercado eram do nível do que tínhamos em casa. Deu certo, é uma questão de sorte. Tem muito de trabalho e um pouco de sorte.
Apostavam em resultado tão rápido?
Acreditávamos que teríamos um time competitivo já na pré-temporada, vimos jogadores muito rápidos, interessados e que entenderam a chance que estava recebendo. Aliaram técnica e juventude à confiança e vontade. Criou-se um otimismo no projeto.
Quantos no grupo são da base?
No clássico com o Vasco, sábado, era meio time vindo da base: Nogueira, Léo, Wendel, Douglas e Scarpa. Nosso próximo passo é fazer o time de juniores ter 11 jogadores que estejam prontos para subir a qualquer momento. Temos sempre um observador nos jogos da base.
Reduziu em quanto a folha?
Não teria um número exato agora, porque alguns jovens tiveram aumento. Mas negociamos muitos atletas de renome e reduzimos bastante a folha. Era necessário, o Fluminense estava atravessando um momento difícil.
Quem são os nomes que podem despontar neste ano?
Marquinho Calazans, atacante que entrou na lateral-esquerda e foi uma surpresa agradável. O Pedro, atacante artilheiro na base. O Matheus Alessandro, atacante veloz e driblador, que surgiu na Taça das Favelas. O Patrick, atacante, tem só 18 anos. Enfim, há muitos nomes para seguirmos avaliando.
Você acredita numa reversão de resultado nesta noite?
É um jogo difícil, o Grêmio tem bom time, com jogadores mais experientes. O nosso time, por ser jovem e por ter essa característica agressiva, é ofensivo, gosta de jogar no ataque, se arrisca. Temos condições de buscar o resultado. É difícil, mas o Fluminense, neste ano, se credenciou a ter confiança.
*ZHESPORTES