
Algo se perdeu no Grêmio. Faz alguns jogos. E essa queda de rendimento do time vai além do soninho, do nana-nenê ou do mole, explicações encontradas por Renato Portaluppi que, embora rendam manchetes, estão longe de ser um diagnóstico claro do futebol do time.
A eliminação para o Novo Hamburgo ficou longe de ser acidental. Aliás, o Grêmio escapou da derrota no primeiro jogo e, no Estádio do Vale, teve um adversário que soube marcar e jogar. E talvez esteja aí o grande segredo. Juventude e Veranópolis vieram à Arena de peito aberto e facilitaram. O Iquique, no primeiro tempo, parecia assombrado com a Arena, onde tirou fotos e fez selfies na véspera. Quando o técnico Jaime Vera mudou o time e o soltou para jogar, causou sérios problemas na defesa.
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Renato deu mostras de fastio em sua entrevista. Reclamou da imprensa, de rusga de alguns setores dela que acabam pesando nas costas do clube. Mas há alguns desajustes internos cuja autoria não se pode terceirizar. Grohe falou de detalhes em que estão pecando e comprometem o time. Talvez o excesso de concentrações adotado pelo Grêmio tenha como motivo buscar a correção desses detalhes. Nos últimos 30 dias, os jogadores ficaram concentrados em 14 deles.
A eliminação para o Novo Hamburgo, como se vê, não se explica apenas pelo soninho, pelo nana-nenê por dar mole. Há aspectos externos ao campo e, principalmente, internos que levaram à cair. É preciso agir rápido para reorganizar a casa e alinhar o time. Quinta-feira tem Libertadores. E o Brasileirão começa em três semanas.