Direto de São Paulo, onde integra a comissão de Tite na Seleção Brasileira, o preparador Rogério Dias, o Rogerinho, fala sobre a metodologia de preparação física desenvolvida com Léo Moura no Grêmio.
Como foi realizado o trabalho com Léo desde sua chegada?
Ele se apresentou em ótimas condições depois das férias. Realizamos um trabalho com ênfase em força, para que ele pudesse sustentar as exigências de um jogo de intensidade, e fizemos atividades preventivas. São trabalhos de mobilidade articular, proteção muscular e reforços pontuais, realizados antes dos treinos. Ele chega mais cedo para isso. Depois, vai a campo com o grupo. Também monitoramos os controles de percepção de fadiga e de dor. E recebemos o feedback dele.
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No que a preparação dele difere dos outros atletas do grupo?
Os treinos dele não diferem muito dos demais. O cuidado que temos com o Léo é de nos certificar que os dados de controle recuperativos, como análise bioquímica, sensibilidade de dor e fadiga muscular, estejam alinhados. E, claro, o controle que ele nos passa. Isso nos dá a segurança da recuperação dele, seja de um treino ou de um jogo. Caso algum ponto não esteja batendo, a gente sugere à comissão técnica que ele faça uma atividade paralela, com menos volume, para que na próxima sessão ele esteja apto.
Vocês esperavam que ele teria este ótimo rendimento físico?
Sabedores do histórico dele, esperávamos sim este retorno positivo quanto à performance. Já tivemos um exemplo no clube, que foi o Zé Roberto. Nossa rotina, aliada aos cuidados que atletas do nível dele mantém, deram resultados muito satisfatórios. O Léo está colhendo frutos de uma carreira sólida, baseada em regras fundamentais para a longevidade atlética, como trabalhos preventivos, boa alimentação e tempo de sono adequado. Ele teve a consciência de, por vezes, se privar de algo em nome da carreira.
O Léo Moura é um dos jogadores que mais correm nos jogos?
Podemos afirmar que o Léo possui média de rodagem muito satisfatória para a função que exerce no campo. Não nos preocupamos com o índice quantitativo, a distância percorrida, mas sim com a qualidade do número. No caso, como ele percorreu a distância, a qualidade das ações, intensidade, por quanto tempo permanece intenso jogando. É isso que priorizamos, e não o número em si. Ele diz que está se sentindo muito bem fisicamente e que se recupera bem entre um evento e outro, seja treino ou jogo.
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