Anunciar Jael não emite para a torcida do Grêmio um recado positivo. Um centroavante com selo de Série B, rebaixado com o Joinville e de lastro menor do que as pretensões do clube para a temporada 2017. A indicação feita por Renato emite dois sinais bem claros na Arena. O primeiro é que o poder de investimento do clube é mesmo pequeno, e essa contratação só confirma o que o presidente Romildo Bolzan Júnior repetia no final de 2016: uma grande contratação só virá se alguém for vendido.
O outro sinal aponta para a ascendência de Renato no clube. Das quatro contratações feitas pela direção, duas delas foram feitas com a assinatura do técnico afiançando a aposta. Primeiro veio Léo Moura, 38 anos e tirado do caminho do Boavista, de Saquarema. Agora, Jael, de números opacos para um fazedor de gols. Na Série B, em que jogou o segundo turno pelo Joinville, fez sete em 20 jogos. No Chongqing Lifan, da China, fez dois em nove jogos no primeiro semestre.
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Renato pediu Jael para ter alguém que bata de frente com os zagueiros nos momentos de apuro. Com 1m86cm, o centroavante oferecerá ao técnico a jogada aérea que não teve em 2016. Jael chega sem custos. Mas nada é de graça no futebol. Trata-se de uma aposta de 28 anos. Que, se eu fosse dirigente, não faria. Vasculharia mais o mercado atrás de soluções igualmente baratas, mas de maior lastro. Jael é centroavante, tem o poder do gol e de desmentir quem não acredita nele. Tomara que seja o meu caso.
*ZHESPORTES