Além da crise sem precedentes que vive nosso país, com mais de dez milhões de desempregados, outro suplício alcançou o futebol brasileiro. Todos os nossos melhores jogadores atuam fora do Brasil, e entre estes talvez o único que seja protagonista é Neymar, que mesmo assim tem prestígio inferior a dois de seus companheiros de equipe, Messi e Suárez.
Em nosso país ainda resistem alguns salários fora da realidade, tanto para atletas quanto para outros profissionais, especialmente técnicos. Não discuto o merecimento – e se recebem altos valores, devem merecer.
O maior exemplo da fraqueza do futebol brasileiro são dois dos mais recentes resultados da Seleção. A goleada sofrida contra a Alemanha e a prematura desclassificação da Copa América são os sintomas do que estamos vivendo em nível de futebol nacional. Acrescentaria ainda que cinco clubes brasileiros disputaram a Libertadores, e somente um deles, em desvantagem flagrante, chegou à semifinal.
Calma na hora de renovar
Por todos estes motivos, penso que tanto atletas como clubes devem procurar o mais intenso diálogo na hora da renovação de contrato. É o caso entre Grêmio e Marcelo Hermes. As duas partes devem esgotar o diálogo, pois o Grêmio precisa do atleta, e ele, que tem prestado bons serviços, deve entender que joga em um clube grande, que abre portas e o está projetando internacionalmente. Quero muito que Grêmio e Marcelo se acertem.
*Diário Gaúcho