Tudo já se disse a respeito de Rosario Central e Grêmio, na noite desta quinta-feira, na Argentina. Pode-se resumir todas as previsões em uma única e óbvia afirmação: para que as coisas aconteçam de acordo com os interesses do time de Roger Machado, será preciso que "o Grêmio jogue muito mais do que jogou na Arena e o Rosario produza menos do que rendeu em Porto Alegre".
Bem, se esta genial previsão acontecer, o Grêmio não só vence como faz goleada. Bem mais próximo da realidade seria projetar ou desejar que os argentinos não consigam jogar tão bem e o Grêmio seja um pouco melhor.
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Há, porém, um elemento a ser levado em conta: a aparente arrogância que parece permear a torcida argentina. Não há dúvida de que os torcedores argentinos já estão festejando passagem para a fase seguinte. Se este sentimento entrar no vestiário e o Rosario calçar saltos altos, melhor para o Grêmio. Antes de o jogo ser jogado, é o que se pode dizer.
Contra o Grêmio existe uma verdade que não pode ser ignorada: os argentinos são apaixonados pela Libertadores da América. Jogam, sempre, como se estivesse defendendo a própria vida. O Grêmio não poderá ser diferente. Terá que jogar como se estivesse decidindo o seu futuro. Para vencer, o Grêmio terá que ser mais argentino que o Rosario. Pode ser. Não se diz que o Grêmio tem alma castelhana?
Estratégia
Roger Machado não quer ser surpreendido como aconteceu na Arena. Na verdade, o treinador quer devolver o susto que sofreu ao Rosario. Foi o próprio Roger quem anunciou que o Grêmio pretende propor o jogo. Não é apenas uma frase. É tentar empurrar o adversário para o seu campo desde o início do jogo. Como Roger pretende atingir este objetivo: impondo velocidade e posse de bola. Não será novidade.
Permanece a dúvida
Roger só anunciará quem jogará na lateral-esquerda pouco antes do jogo. É difícil aceitar que esconder o nome de quem jogará possa perturbar o treinador adversário. Mas, enfim, vamos exercitar nossa imaginação: deve jogar Marcelo Hermes por um singelo motivo: Roger deve ter cansado de ver Marcelo Oliveira comprometendo o time com atuações muito fracas. Não é hora de ser bonzinho.
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