O gol de calcanhar de Lincoln aos 35 minutos do primeiro tempo no Estádio Colosso da Lagoa, em Erechim, é um sinal, mais um. Desde Ronaldinho, cria da virada de século, não aparece ninguém como Lincoln no Grêmio.
Aos 17 anos, o canhoto é uma esperança, um menino ainda, mas já experiente, moldado nas categorias de base da seleção brasileira em jogos no Exterior. Ninguém sabe como será o seu futuro, a evolução. Mas é fácil colocar um punhado de fichas no seu futebol.
Leia mais:
Ypiranga x Grêmio: estatísticas e números, saiba como foi a partida
Craque ainda não é, mas o menino prodígio tricolor exibe todas as qualidades que podem formar um atleta espetacular. Lincoln é diferente de todos que o cercam na Arena. É capaz do passe qualificado, da articulação, do drible desconcertante, do gol espetacular, do trabalho coletivo e de cobrar um escanteio que vale quase meio-gol.
Os gestores das categorias de base sonham dia e noite em produzir jogadores com a capacidade e a qualidade de Lincoln. Quando encontra um, o trabalho vale por uma década inteira de suor. Lincoln não é mais dúvida. É uma grande certeza.
Roger Machado sabe, talvez mais do que nos todos somados, que ele tem dúzias de qualificações para ocupar espaço entre os titulares na Libertadores. Só falta avisar Douglas, se é que ele não sabe ainda. Se observou o jogo deste domingo, contra o Ypiranga (2 a 1), não pode negar que uma vaga no banco de reservas é toda sua.
Com reservas na zaga, que falhou outra vez, no meio e no ataque, o Grêmio teve lampejos do time de 2015. A equipe foi mais compacta e as linhas atuaram mais próximas. Defendeu e atacou em bloco. Usou a velocidade, o que mudou tudo para melhor em alguns momentos da partida. Mas era Gauchão, não Libertadores.
A volta de Walace encorpou o meio-campo, ofereceu vitalidade e domínio de espaço, apesar da companhia do óbvio Edinho. Lincoln, o melhor em campo, proporcionou outro fôlego ao ataque, embora Everton, Pedro Rocha e Bobô continuem iguais na hora exata da conclusão. Não têm a mínima tranquilidade na frente do goleiro. É um problema, um dos mais sérios.
Ramiro ganha a lateral direita aos poucos, mas precisa melhorar a qualidade do passe, um problema antigo. Quando um volante assume a lateral, a marcação melhor, mas o apoio cai. Será que ninguém fala com ele?
Acompanhe o Grêmio através do Gremista ZH. Baixe o aplicativo:
App Store
Google Play
*ZHESPORTES