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A altitude mexicana será um desafio para o Grêmio na estreia da Libertadores contra o Toluca. A 2,6 mil metros acima do nível do mar, os jogadores já começam a sentir as mudanças causadas pelo ar rarefeito. O objetivo do técnico Roger é ajustar o toque na bola até o jogo de amanhã.
Por isso, os atletas já trabalham intensamente a repetição de fundamentos como passes e lançamentos. No domingo, em treinamento nas instalações da Universidad Iberoamericana, na Cidade do México (300 metros de altitude abaixo de Toluca), Roger dividiu o plantel em dois grupos. Os jogadores ficavam dispostos numa espécie de losango, e se revezavam em tabelas. Além do domínio, cada um dava um passe curto e um lançamento ao companheiro. Nas primeiras tentativas, era comum ver a bola tomar altura e fugir do raio de alcance. Mas, com a repetição, o índice de acertos melhorou.
- Vai ajustando a batida na bola! Chuta pelo alto! - orientava Roger.
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Experiência em altitude não falta ao treinador gremista. Afinal, participou de sete Libertadores como jogador e de mais duas como auxiliar. Agora, em sua primeira participação como técnico, trata de transferir sua experiência aos jogadores.
- Vai calculando o tempo de recepção, domina a bola! - ensinava Roger.
Com experiência na altitude dos tempos em que atuava no São Paulo, o volante e capitão Maicon já encarou um desafio ainda maior. Enfrentou o The Strongest, em La Paz, na Bolívia, a 3,6 mil metros acima do nível do mar.
- É bem complicado, mas não é nada que vá assustar. A gente tem de sentir o jogo, ver como o adversário vai vir. Não adianta a gente querer jogar com desespero, correndo o tempo todo. Temos que manter nosso padrão de jogo, que é de toque de bola, circular de um lado para o outro. E usar os nossos jogadores de velocidade na frente - planeja o volante.
A mudança na trajetória da bola também foi sentida por Marcelo Oliveira. O lateral-esquerdo é um dos jogadores que mais serão exigidos no Estádio Nemésio Diez, por sua função de subir ao ataque e voltar à defesa a todo o momento.
- Na hora que sai do seu pé, você acha que acertou o passe e a bola pega velocidade. A gente viu que este fator tem de ser bem treinado. Na recuperação é mais complicado, falta um pouco de ar. Temos que nos adaptar, são obstáculos que temos de enfrentar em uma competição como a Libertadores - relatou.
Após treinar na segunda no CT do Toluca, na cidade vizinha de Metepec, o Grêmio fará o reconhecimento do estádio Nemésio Diez nesta terça. A estreia contra o Toluca ocorre na madrugada de quarta para quinta, à meia-noite no horário de Brasília - 20h no México.
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