O que preocupa no Grêmio não é tanto a derrota na altitude de Toluca, mas a maneira como ela aconteceu e sua conexão com jogos recentes. A questão é o rendimento. A derrota para o São José foi ao nível do mar, na Arena. A má atuação, reconhecida por Roger Machado na vitória sobre o Coritiba, também não teve ar rarefeito.
Não é a primeira vez que o técnico terá de lidar com oscilações. Na virada para o segundo turno do Brasileirão, soube administrá-la. Este é o grande desafio neste momento em que os gols de bola aérea se repetem, os adversários encaixam contra-ataques como não faziam no ano passado, diante de uma recomposição lenta, e nem sempre a circulação da bola é feita com a velocidade necessária, para mexer as linhas inimigas e abrir o espaço.
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Roger precisará identificar o que está impedindo o time de seguir executando, no mesmo nível, aqueles conceitos de futebol elogiados em 2015, para além da análise dos passes errados e dos efeitos da altitude. Capacidade não lhe falta para lidar com o pós-Toluca.
Eleger os culpados de Toluca não ajuda. Os erros foram coletivos. No primeiro gol, se a marcação tivesse encurtado no meio, a bola não chegaria no lado para o cruzamento rápido. E a zaga estaria melhor posicionada, facilitando a vida de Fred. Marcelo Oliveira ficou sozinho contra Flores e Esquivel algumas vezes.
É tão injusto crucificá-los como é excessiva a frustração da torcida, que foi da euforia à depressão sem escalas. O mundo não acabou. A tabela ajuda, reservando dois jogos em casa na sequência: LDU e San Lorenzo.
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