Estreia é sempre tensa. Não será diferente para o Grêmio na noite com altitude mexicana desta quarta-feira, mesmo que a base do ano passado tenha sido mantida com esforço financeiro elogiável da direção. Trata-se de uma vantagem expressiva em relação aos seus concorrentes, especialmente os brasileiros.
No Corinthians, Tite ficou - mas o time saiu. O Palmeiras manteve Marcelo Oliveira, mas foi mal no Brasileirão. Ganhou a vaga no mata-mata da Copa do Brasil. Atlético-MG e São Paulo mudaram de técnico. O Grêmio larga com um time ajustado, bem treinado e Bolaños para acrescentar ali adiante. Um passo à frente, sem dúvida.
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Em Libertadores, todo o detalhe é fundamental e pode decidir, mais do que em outras competições, pelo forte conteúdo emocional. Ontem, bati um longo papo com Carlos Miguel, um dos maiores armadores da história do Grêmio. Ele tinha 21 anos quando foi campeão, em 1995. Temos a mesma impressão no que diz respeito aos ajustes para dar o salto rumo título.
Há uma correção a fazer, e tem de ser rápida: o Grêmio está demorando a se reagrupar no contra-ataque, e não era assim em 2015. Tomou gol de contra-ataque do Aimoré, mas virou o jogo. Repetiu-se contra o São José: derrota. Eis aí um detalhe, concluímos Carlos Miguel e eu, com o qual o Grêmio tem de se preocupar nesta estreia diante do Toluca, que costuma jogar fechadinho, à espera do bote.
O desfalque Walace pesa, neste sentido de se defender melhor. Ele é forte, jovem e tem passadas largas. Em segundos está no lance de novo. Casa bem com o ótimo Maicon, que é mais lento. O lateral-direito Wallace Oliveira ainda não se adaptou ao estilo implantado por Roger. É preciso cuidado às suas costas. E Kadu está mal, tanto que perdeu a vaga para Fred - providência correta de Roger.
O fato é que o Grêmio não pode oferecer tantos contra-ataques ao adversário. Roger sabe da urgência de ajustar, e também por isso mexeu na zaga.
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