Há 20 dias, bem antes de o corintiano Andrés Sanchez reclamar da baixa premiação da Libertadores, o presidente do Grêmio já havia feito o alerta. Conversei com ele e registrei aqui na coluna. O ideal, disse-me Romildo Bolzan, tomando por base apenas a frieza da matemática financeira, excluindo ganhos indiretos, seria o Grêmio voltar à Libertadores somente em 2017, usando 2016 ainda para pagar contas.
Houve quem o criticasse, alegando incoerência em lutar por G-4 e depois falar em prejuízo. Mas o presidente tinha razão: o fato de sonhar com a América não implica concordar com tudo.
Os mandantes levam R$ 1,6 milhão por partida na fase de grupos. Os valores sobem pouco a cada fase. O título vale R$ 12 milhões. Não paga duas folhas salariais dos grandes de Série A no Brasil. O campeão acumula - no total, a premiação é de R$ 29,2 milhões a quem ficar com a taça - menos em prêmios do que o lanterna de chave na primeira fase da Liga dos Campeões.
Só a arbitragem, bancada pelos donos da casa, sai R$ 39 mil por jogo. Outra bronca é a publicidade estática. Os brasileiros reclamam que, na hora do filé, seus patrocinadores ficam só olhando o banquete. Dentro do estádio, só placas da Conmebol são permitidas. A Libertadores sobrevive do glamour do passado. E só.
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