Depois de passar o ano de 2014 na reserva no Flamengo, o equatoriano Erazo, 26 anos e 1m90cm, reencontrou a tranquilidade para jogar no Grêmio. Convidado por Felipão, o equatoriano colocou dinheiro do bolso para conseguir a liberação do Barcelona-EQU e vir para Porto Alegre. Morando em um apartamento na Zona Norte da Capital, e apoiado de perto pelos filhos Jesuá e Jeslany e a mulher Paola Lopez, o zagueiro já tem no vocabulário "guri", "bem legal" e "gente fina".
Titular nos últimos quatro jogos, e autor de um dos gols da vitória sobre o Passo Fundo, Erazo tem mostrado qualidades que justificam o apelido de "El Elegante" - nome escolhido pelos seus seguidores no Twitter.
Versátil e destemido: conheça Pedro Rocha, nova aposta do Grêmio
O grupo de jogadores do Grêmio pode brigar por título?
Tem um gurizada espetacular. O Grêmio sempre se caracterizou por ter uma boa base. O que estamos tentando é não deixar toda a responsabilidade nos ombros deles. Botar cinco, seis guris por jogo é uma situação complicada. Nós, os mais experientes, estamos tentando passar confiança para que eles se sintam confortáveis.
E como é a relação com o técnico Felipão?
É um cara muito experiente, gente fina, que tenta sempre entender a parte do jogador. Um técnico com muita bagagem no futebol, campeão do mundo. É um honra trabalhar ao lado de uma pessoa que conseguiu tanto no futebol.
Giuliano treina entre os titulares e deve enfrentar o Juventude
Quem é o teu parceiro entre os jogadores?
Pela língua é o Matías Rodrígues, um cara gente fina. Quem me ajudou a encontrar as coisas que eu precisei, pediatra, colégio. Ele é quem me deu as dicas.
Isso te atrapalhou no ano passado do Flamengo?
Quando cheguei ao Flamengo, fiquei dois meses sozinho morando em um hotel. Uma situação difícil para caramba. Não tive o auxílio de ninguém lá. Fiquei muito tempo sozinho, com minha família longe e sofrendo. Quis mudar essa história neste ano, queria que eles viessem o mais rápido para ficarem comigo.
Grêmio está prestes a emprestar Yuri Mamute para o Cruzeiro
O jogador consegue render sem a família por perto?
A parte psicológica do jogador depende da família. Se estiver perto dos seus familiares, a cabeça funciona bem.
César Pacheco deve assumir cargo de diretor de futebol do Grêmio
Na negociação você precisou pagar ao Barcelona-EQU para conseguir a liberação.
Na verdade, todos sabem que minha negociação para vir ao Grêmio não foi fácil. Tive que colocar uma grana da minha parte, mas isso também faz parte. Tinha vontade de vir e ter sucesso. Por isso que tento dar o meu melhor em cada jogo.
Depois de quatro jogos, o que você destaca nas suas atuações?
Primeiro é a vontade de jogar. Depois, acho que é minha capacidade técnica e a velocidade. Também tenho noção de jogo, que também é importante pra caramba. Sempre vejo meus jogos para ver o que preciso melhorar.
Grêmio define preço mínimo para vender Walace
Em qual aspecto você ainda precisa evoluir?
A parte psicológica. O ano passado foi muito difícil. Estou tentando melhorar a minha cabeça. Não quero falar do que acontecer, essa história já foi. Aconteceu. Faz parte das experiências da vida, aprendi com o que ocorreu. Agora só quero ter sucesso no Grêmio.
Como vai ser a disputa com Geromel e Rhodolfo por um lugar no time?
Na verdade, são gente espetacular para caramba. São gente fina. O que acontecerá dentro de campo será um bom problema para o professor Scolari (risos). Estamos todos disputando nosso espaço. Será uma disputa muito legal.
Não deixe de conferir a página do Gremista ZH de cara nova
Entrevista
Reforçado pela família, Erazo mira sucesso no Grêmio em 2015
Titular nos últimos quatro jogos, zagueiro é um dos destaques da equipe de Felipão no começo do ano
Marco Souza
Enviar emailGZH faz parte do The Trust Project