Alex Telles é um dos destaques do Grêmio no Brasileirão. Alcançou esse posto após ter sido contratado como uma aposta junto ao Juventude. Dono da posição, o jovem de 20 anos revelou como tem sido gratificante ter alcançado esse status.
Você participa muito do jogo, em especial com cruzamentos (é o terceiro lateral com mais cruzamentos no Brasileirão). É uma característica que tinhas ou isto foi moldado?
Alex Telles - É minha característica ir até a linha de fundo, desde o Juventude, onde comecei, costumava fazer cruzamentos e participava dos lances de bola parada. Creio que cheguei ao Grêmio por causa disto e me cobro muito a cada jogo.
As boas atuações no Brasileirão te valorizaram. Além do Grêmio ter prioridade em comprar os 50% do seu passe, há sondagens do futebol europeu. Como você administra isto?
Alex Telles - Com tranquilidade e foco. Se há sondagens, é porque faço um trabalho bem feito. Quero ficar aqui e ajudar o Grêmio. Esta é minha grande chance e estou só no início. Tenho certeza de que, se continuar aqui, vou crescer ainda mais.
- Você foi o primeiro jogador do Juventude a desembarcar no Grêmio e era pouco conhecido. Hoje é considerado um dos melhores laterais do Brasileirão. Como vem sendo esta mudança drástica no ano?
Alex Telles - Sabia que seria uma oportunidade de ouro pra mim, mas por vir de um clube tradicional que não vive boa situação, passaria pela desconfiança de alguns. Mas superei as desconfianças iniciais.
- E a estreia ainda aconteceu em um jogo de Libertadores contra a LDU.
Alex Telles - Pois é. Mas acho que estreei bem, cheguei a bater um dos pênaltis da decisão. E comecei a trilhar um bom caminho com o grupo, ainda com o Luxemburgo. Com a chegada do Renato, ganhei maior confiança. O esquema me dá mais liberdade. Hoje me sinto bem nos treinamentos e nos jogos.
- Ter o Bressan, Ramiro, Follmann, Moisés e Paulinho, ex-companheiros de Juventude ajuda?
Alex Telles - Bastante. A gente se conhece há algum tempo, o que facilita dentro de campo. Nossa amizade fora de campo é maior e, dentro de campo, nós corremos um pelo outro. Quem ganha é o Grêmio.
- Depois de você deixar de ser reserva do André Santos, o Grêmio não buscou outro lateral-esquerdo com status de titular. Apenas o Wendell veio como aposta. É uma confiança grande em seu trabalho.
Alex Telles - Fico feliz, porque estou alcançando uma regularidade. Quem joga em um clube de Série A precisa ter boas atuações. Mas eu não me considero titular. O Wendell é um cara sensacional e aproveitou as oportunidades. Nós temos uma rivalidade sadia.
- Além do Luxemburgo, seu primeiro técnico no Grêmio, ter sido lateral-esquerdo, você convive com o Roger, outro jogador do setor. Como que isso te ajuda em campo?
Alex Telles - Esse leque de opções é fundamental. Roger foi um grande lateral e é um líder no Grêmio, com um currículo que tem o tri da Copa do Brasil e uma Libertadores. Sempre que tenho dúvida, pergunto a ele, e espero um dia me tornar um ídolo do clube. Acredito que estou crescendo com as dicas que ele me passa.
- O Juventude subiu para a Série C. Como é para você e seus companheiros que hoje estão no Grêmio ver este acesso?
Alex Telles - Com muita felicidade. Quando um clube como o Juventude volta a crescer, o Rio Grande do Sul também cresce. Fico muito feliz pelos amigos deixados lá, funcionários que conheço e me acompanharam, e também pelos guris.