Os primeiros 15 dias de Renato Portaluppi no Grêmio são notadose exaltados pelos habitantes do vestiário. O ambiente é outro, nem parece mais o sisudo espaço comandado por Vanderlei Luxemburgo até o mês passado.
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Os jogadores brincam, fazem piadas, conversam muito. Um grupo ouvia rock pesado numa manhã depois do treino. A descontração agrada todo mundo.
O método de Renato é diferente. O treinador fala com todos. Ouve. Pede opinião. Quer que o atleta diga como gosta de jogar.
Luxemburgo adota outros métodos. Pouco conversava individualmente com os jogadores. Quando era questionado, dizia: "Tenho 42 anos de futebol. Sei como agir".
Renato já falou mais com os atletas em uma curta semana do que Luxemburgo em seis longos meses de trabalho.
O ex-treinador carioca retirou a braçadeira de capitão de Zé Roberto e não comunicou ao atleta, que ficou surpreso ao ver o centroavante Barcos como o novo líder da equipe num jogo pela Copa Libertadores da América. Ninguém entendeu o gesto.
Os dirigentes gremistas observam um Renato mais experiente, muito concentrado, sempre disposto ao diálogo e com apetite para o trabalho de campo. Quase tudo o que não observavam no dia a dia de Luxemburgo dos últimos meses.
Luxa saiu, deixou Porto Alegre e nunca mais falou com ninguém da direção. Prometeu que voltaria na semana seguinte. Ainda não reapareceu.