
Após as críticas do Brasil sobre a partida entre Avenida e Pelotas, o zagueiro Yuri Bigode, pivô de lances polêmicos no jogo, se manifestou sobre as acusações.
Em conversa com ZH, o defensor negou qualquer irregularidade e classificou as alegações do Brasil como "totalmente equivocadas". Além disso, informou que já acionou seu advogado para tomar as medidas legais cabíveis.
O Brasil, através de seu presidente Vilmar Xavier, emitiu uma nota oficial questionando o desfecho de Avenida e Pelotas. O Xavante alega que o resultado de 4 a 1, especialmente a forma como foi construído, prejudicou diretamente o clube no critério de saldo de gols.
Também em nota, o Pelotas reagiu às acusações, afirmando serem "levianas e irresponsáveis".
Pênalti anulado e confusão na substituição
Yuri explicou o lance do pênalti anulado, afirmando que houve um "enrolamento" dentro da área e que o jogador do Avenida se atirou. Ele negou ter cometido falta e celebrou a decisão do árbitro de não marcar a penalidade.
Assista ao lance
Sobre a confusão na substituição (a placa com seu número subiu, mas depois foi alterada), o zagueiro esclareceu que houve um erro de comunicação entre o quarto árbitro e o treinador Alessandro Telles, mas que a mudança não seria ele, e sim o volante Matheus Silva.
Resposta às acusações do Brasil
O zagueiro rebateu as acusações do Brasil. Ele sugeriu que o Xavante deveria ter se preocupado em fazer um campeonato correto durante todo o Quadrangular do Rebaixamento.
Além disso, classificou as acusações como "calúnia" e "difamação", e informou que já acionou seu advogado para tomar as medidas legais cabíveis.
Confira a entrevista com Yuri Bigode
Por que o Pelotas terminou goleado?
Cara, a gente estava buscando o resultado desde quando a gente iniciou o jogo. Tivemos grandes chances no primeiro tempo, o goleiro deles, o Rodrigo, foi muito feliz nas defesas. E no primeiro ataque que eles tiveram, fizeram gol. Então, a gente voltou para o segundo tempo ainda um pouco melhor, sofremos o segundo gol. Aí é o psicológico, né? Saber que você está correndo atrás, se desgastando, e infelizmente o resultado não estava vindo. Tivemos um lance também para empatar o jogo, quando tinham 32 minutos e o árbitro foi infeliz em ter marcado o impedimento. Mas o futebol é isso. Não tem mais o que reclamar do que já passou. Agora é encerrar esse quadrangular com dignidade e buscar acabar o campeonato com a vitória dentro de casa.
O que houve no pênalti que foi anulado?
A gente se enrolou dentro da área e o jogador acabou se atirando. Eu tentei botar o meu corpo na frente dele, tomar a frente dele. A gente acabou se enrolando, as pernas se trançaram e a gente acabou caindo no chão. Feliz que a bola não estava em jogo ainda e o juiz não deu o pênalti.
O treinador iria te subsitutir?
Não, ali foi um erro de comunicação do pessoal com o quarto árbitro. Antes da placa subir, o juiz já tinha falado pra mim que eu ia sair. Que o quarto árbitro tinha falado pra ele que eu ia sair. Aí eu estava achando que eu ia sair. Aí o Alessandro (Telles, treinador) disse que não era eu, que era o volante que ele ia trocar.
Esse cenário repercutiu de forma negativa, o Brasil agora está cobrando a FGF.
A minha opinião é que eles estão totalmente equivocados no que eles estão falando. Se eles chegaram nesse momento pra ter que cobrar a ética, alguma coisa assim, porque algo não foi feito correto durante o campeonato todo por parte deles. Porque se tivessem feito algo correto o campeonato todo, ou no Quadrangular, não estaríamos nessa situação. Não foi o jogo nosso contra o Avenida, acho que não foi a arbitragem, acho que não foi. Acho que foi uma parte inteira deles que não foi feita da maneira correta, assim como o nosso também, por estar nessa situação. E se eles tomarem essa decisão, eles acham que estão certos. Agora o Pelotas também já emitiu uma nota. Deixo essa parte aí, extracampo, que eles vão tomar a decisão deles aí e a Federação também.
Acha justa a acusação?
Cara, é até meio engraçado receber. Porque eu recebi o vídeo, eu tenho o vídeo aqui comigo, já mandei para o meu advogado. Agora o meu advogado vai tomar as atitudes cabíveis. Porque, querendo ou não, isso é uma calúnia, é uma difamação. Estou no futebol gaúcho há bastante tempo. Nunca ouviu-se falar meu nome envolvido em qualquer esquema, em qualquer negócio de aposta. Tanto no futebol gaúcho como em qualquer outro lugar que eu fui. Sempre preso pela minha dignidade. Então agora eu já passei para o meu advogado, deixo ele resolver.