A Federação Gaúcha de Futebol apresentou nesta quinta-feira (18) ao governo do Estado o seu protocolo para a retomada do Gauchão. Em entrevista ao programa Hoje nos Esportes, da Rádio Gaúcha, o presidente da FGF, Luciano Hocsman, destacou que a data prevista para o reinício da competição, o que depende de aprovação das autoridades, segue sendo a segunda metade de julho.
— Como não há uma data limite pela CBF, há a possibilidade de flexibilizar a data. Se precisar jogar um pouco mais para frente, evidente que vamos acatar. Esperamos que seja viável a data do dia 19 de julho ou uma semana mais para frente. A FGF tem convicção de que o plano é exequível. Não faríamos o governo do Estado perder tempo. Trabalhamos muito nisso e temos a convicção de que é viável retornar de forma segura o futebol gaúcho — afirmou.
O protocolo entregue aos secretários de Esporte e Lazer, Francisco Vargas, e do Gabinete de Crise, Cláudio Gastal, prevê a testagem dos profissionais envolvidos nos jogos, limitação de pessoas e regionalização de partidas. A ideia defendida pela FGF é de que o Gauchão seja visto de forma excepcional, ou seja, que não dependa dos critérios estabelecidos pelo distanciamento controlado, que define as atividades que podem ser realizadas em cada região do Estado.
— Tentamos possibilitar um número de viagens reduzido, com um número menor de movimentações. Foram esses os balizadores que trabalhamos para fazer o nosso planejamento. Em relação a Pelotas, tem a questão de logística. Como sugerimos, na Região Metropolitana e na Serra são oito estádios, o que nos dá uma situação melhor, pois são distâncias curtas — ressaltou.
Quando questionado sobre a volta do futebol no Rio de Janeiro, que terá o retorno do campeonato estadual nesta quinta-feira (18), Hocsman não quis comparar com a situação gaúcha. O dirigente apenas salientou a união que deve ser estabelecida para avançar na questão aqui no Estado.
— Acredito que estamos sendo cautelosos e muito cuidadosos nesta situação. É difícil opinar sobre a questão do Rio de Janeiro. Respeito a decisão que foi tomada lá, mas me parece que a forma belicosa não é a mais adequada. Aqui no Rio Grande do Sul, entendemos que estamos cumprindo todos os passos necessários, com a participação de todos os clubes. O momento é de união, não de enfrentamento — finalizou.