O juiz Marco Aurélio Martins Xavier, titular do Juizado Especial Criminal (Jecrim), falou neste domingo (18) sobre a decisão de suspender cinco torcidas organizadas da dupla Gre-Nal antes do clássico deste domingo. No sábado, em decisão cautelar, as organizadas punidas foram: Jovem e Geral, formadas por gremistas, e Nação Independente, Camisa 12 e Guarda Popular, de torcedores colorados.
— Houve um pedido de urgência, que foi interposto ao final do período normal. Recebi na noite de sexta-feira e despachei no sábado. Como o jogo era no domingo, é importante que a decisão fosse tomada de imediato. A representação foi interposta pelo Ministério Público e resulta de um processo investigativo que gerou um relatório da Brigada Militar. Foi relatada uma série de problemas havidos no domingo passado — disse o juiz, em entrevista ao programa Domingo Esporte Show, da Rádio Gaúcha.
Para as torcidas que já estavam suspensas anteriormente, a nova punição passará a valer na sequência do fim da punição em andamento.
Marco Aurélio Martins Xavier falou sobre os episódios do clássico passado, no Beira-Rio, que levaram à punição.
— No deslocamento, houve embates, destruição de ônibus, desembarques de torcedores do Grêmio para que se digladiassem. Houve descumprimento da observância do seguimento dos comboios, dois ônibus buscaram uma faixa própria para o deslocamento e se envolveram em conflitos. Todos os episódios de pedras, objetos. São fatos gravíssimos. É inadmissível que um indivíduo, por uma rivalidade clubística, se utilize deste pretexto para praticar atos desta gravidade. Foram recolhidos objetos que poderiam causar graves danos físicos. Não podemos admitir casos como este — argumentou.
Os torcedores podem ir ao Gre-Nal, mas não podem se identificar como uma torcida organizada, nem receber eventuais benefícios dos clubes.