O Veranópolis tem pela frente, neste domingo, um adversário que vive condição bastante semelhante na tabela de classificação do Gauchão. As semelhanças entre os rivais, porém, terminam por aí. Quando a bola rolar às 16h, na Arena, VEC e Grêmio estarão desfilando em campo realidades muito diferentes.
De um lado, os donos da casa estarão no gramado com um time que, independentemente da escalação, foi formado com um orçamento milionário. Do outro, uma equipe montada a partir de um plantel enxuto.
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É por isso que, quando houver o apito inicial, Tiago Nunes quer ver em campo seu time solto, jogando a pressão para o outro lado. Afinal, segundo o técnico, "vai ser um bônus" pontuar contra o Grêmio.
Como é a tarefa de enfrentar o atual campeão da Copa do Brasil?
Sempre temos pegado times com representatividade maior que a nossa. Antes, foi o Caxias, da Série D, Juventude, da B, Brasil-Pel, da B, Inter, que é de Série A. Então nenhum jogo entendemos que foi fácil. Sempre foram adversários de qualidade. E o Grêmio, a exemplo do Inter, é gigante. A responsabilidade, então, é do Grêmio. Estamos preocupados em tirar o peso de cima dos nossos jogadores.
Muda a forma de jogar?
A gente tem um modelo de jogo que temos repetido, uma maneira própria de atuar. Tendo em vista a qualidade que eles têm de resolver o jogo a qualquer momento, tem que ter atenção maior a esses jogadores. O problema é que às vezes são dois jogadores, neste caso são cinco, seis. É mais difícil. Estamos preocupados em tirar o peso de cima dos nossos jogadores e fazer um jogo perfeito.
O ponto positivo, para o VEC, é que o rebaixamento já não parece ser um risco. Assim, há menos pressão sobre o time.
Penso que virtualmente conseguimos esse objetivo primeiro. Mas, matematicamente, não fugimos ainda, não podemos bater o martelo. Estamos próximos. Nossos adversários nunca foram Grêmio e Inter, nunca computamos ponto, na matemática de fugir do rebaixamento, contra eles. E, mesmo assim, conseguimos empatar contra o Inter. Se pontuarmos contra o Grêmio vai ser um bônus.
Você tem um jogador que vem tendo grandes atuações, o Keké.
Vejo esse atleta dentro de uma característica que é cada vez mais importante. Ele tem vitória pessoal, drible no um contra um. É uma peça de raridade. E quando você tem um jogador dessa qualidade tem que proteger, preservar, para que ele tenha condições físicas e táticas para poder ir bem no um contra um.
Como é jogar na Arena?
Um ponto de motivação para nós. Como jogamos principalmente primeiro semestre, chances na Arena e Beira-Rio são muito raras. Por isso, repito, temos que a tirar responsabilidade dos atletas.
Como é trabalhar com um elenco tão pequeno? Dá para fazer coletivo assim?
Temos 26 jogadores, incluindo seis da base. Se não tem ninguém no DM, dá (risos). Se não tem número certo, conseguimos fazer um trabalho que compense.
Por conta da boa campanha, têm jogadores recebendo propostas?
Vários estão recebendo sondagens, mas como têm contrato em vigor, o clube tem a política de não liberar, até porque os objetivos ainda não foram conquistados.
*ZHESPORTES