O Gauchão, que vai de janeiro a maio, é a única garantia de sobrevivência para boa parte dos jogadores do Interior do Estado. Terminada a competição, extinguem-se os contratos e cada um vai em busca de outros mercados.
Quem se destaca, encontra ocupação com maior facilidade. Mas trata-se de uma minoria. É com questões como essa que se preocupa Décio Neuhaus, presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais. A redução do número de clubes amplia o drama. Se há uma melhora no nível técnico, a oferta de emprego diminui.
Aumentou a diferença
A distância do futebol do Interior para a dupla Gre-Nal é cada vez maior. Dessa realidade, só se livra o Brasil-Pel, que lota seus jogos contra qualquer adversário. As bilheterias de jogos sem Grêmio e Inter revelam que a população local não apoia seus times com a intensidade que eles mereceriam.
Há duas décadas, o futebol era a única diversão. Hoje, o esporte fica atrás comparado com outros atrativos oferecidos principalmente aos jovens. Apesar de contar com público fiel, o Brasil-Pel, envolvido com um considerável passivo trabalhista, criará um condomínio de credores, uma exitosa experiência posta em prática recentemente pelo Grêmio.
* ZH Esportes