O Brasil de Farroupilha é o representante gaúcho no Brasileirão Feminino A-3. A equipe rubro-verde estreou na competição no último dia 14, com vitória por 5 a 0 sobre o Fluminense-SC, fora de casa. Agora, neste sábado (27), às 15h30min, busca confirmar a classificação às oitavas atuando nas Castanheiras.
— Não tem nada decidido, não tem nada afirmado. Nós ainda temos mais um jogo. Então, estamos trabalhando nisso. Elas entenderam desde o começo. Comemoramos, mas na segunda-feira já estávamos focados. Sabemos que, nesse período, elas podem ter se reforçado. Estão treinando, se aprimorando para tentar reverter o resultado. Então, é muito nossa questão emocional de confiar e acreditar — afirma o técnico Leonardo Antunes.
A vantagem construída fora de casa dá tranquilidade ao Brasil-Far para o duelo deste sábado. O time rubro-verde joga por vitória, empate e até derrota por quatro gols de diferença para avançar. No entanto, o discurso é de cautela e atenção máxima contra o Fluminense-SC, para repetir a atuação vista em Joinville.
— Não foi algo fácil (conquistar a vitória). Foi complicado, difícil, um jogo nervoso. As meninas se doaram bastante, compraram a ideia. E conseguimos um bom resultado, com uma vantagem muito significativa para o segundo jogo. Mas, agora, eles não têm o que perder. Então, vêm praticamente sem compromisso para tentar, de qualquer forma, reverter o resultado. E nós temos o compromisso porque para classificar e tentar o segundo jogo da próxima fase em casa, estamos com um saldo menor comparado ao possível adversário (Coritiba).
Se passar pelo Fluminense-SC, o Brasil-Far enfrentará Coritiba ou Operário-MS nas oitavas de final. A equipe paranaense venceu a partida de ida por 6 a 0. A partir da próxima fase, os mandos de campo serão definidos por conta da campanha na Série A-3.
Chaveamento na Série A-3
Para sonhar com o acesso, o Brasil-Far terá adversários complicados pela frente. Este lado da chave ainda aponta para duelos contra times paulistas (Pinda ou Realidade Jovem) ou contra o Vasco, tradicional no masculino, por exemplo. As equipes são todas afiliadas às Federações mais bem ranqueadas pela CBF.
— A questão dos times paulistas é que a Federação Paulista dá um valor muito maior para o feminino. Para se ter uma ideia, o que as equipes femininas recebem é o dobro do que os times gaúchos ganham da FGF para disputar a Divisão de Acesso. Então, Realidade Jovem e Pinda, por exemplo, têm um orçamento certo. Uma verba muito maior, investimentos para a estrutura em si, para montar equipes mais competitivas — complementa, falando sobre o Vasco:
— Tem a situação do Vasco, também. Sabemos que a SAF também está botando aportes no feminino. Então, torna mais competitivo. E temos também times de mais tradição. Nas regiões sudeste e sul estão as três federações femininas mais bem ranqueadas na CBF. E, consequentemente, as equipes mais preparadas também, mais estruturadas.
O Brasil-Far sabe que se for buscando as vitórias e tiver esses adversários pela frente, a missão não será fácil. Mas acredita na união e no foco do grupo de atletas para superar as adversidades.
— O Brasil é um time pequeno, com um orçamento muito menor do que qualquer outro. Mas estamos bem confiantes que acertamos nas escolhas, no grupo. Todas estão muito focadas, unidas, comprando a ideia e sabendo da oportunidade que elas têm — afirma.
Se conquistar o acesso, o Brasil-Far também abrirá vaga para um quinto time gaúcho disputar competições nacionais em 2025. Atualmente, além do rubro-verde, representam o RS: Grêmio e Inter, na Série A-1; e Juventude, na Série A-2.
— Um dos principais objetivos era colocar o clube em nível nacional novamente. Então, isso já vem sendo feito. Temos sonhos, todas as equipes que disputam a competição têm, de ser campeão, de se classificar. Mas o nosso pensamento é jogo a jogo. Vamos construindo isso, os sonhos, através de várias situações. E as nossas situações são vencer todos os jogos possíveis para que consigamos construir algo lá na frente — finaliza.