Os caras estão reclamando que não falo de futebol neste espaço. Escreverei. E com a modernidade da internet na linguagem. Vou fazer um ranking. Top 5, como vi dias desses. Primeiro vamos às torcidas:
5º lugar - Arábia Saudita
Único país com fronteira terrestre com Catar, eles invadiram para perder. Mas ganharam da Argentina. E depois só foram derrotados. Não interessa. O "where's Messi?!" deles nos alegrou por alguns dias.
4° lugar - Inglaterra
Saíram do pódio porque não há cerveja para eles jogarem para cima nos gols e porque os hooligans não entraram no país (seriam presos aqui porque é o que acontece com bêbados no país da Copa). E também é divertido vê-los cantando Freed for Desire, da Gala nos tentos marcados por Saka e Foden: "nanananana nananananá".
3º lugar - Brasil
Finalmente há cânticos brasileiros nos estádios da Copa. Músicas mais demoradas, diferentes de "Brasil! Brasil! Brasil!". O Movimento Verde e Amarelo começou mesmo na Rússia. Hoje eles cantam e fazem negócios. Nada diferente de muita organizada por aí. E o barulho tá aumentando. É bonito de ver.
2º lugar - Marrocos
Clima de Libertadores. Tenho certeza que Marrocos estar nas quartas de finais tem o empurrão da torcida. Acostumados com festas em estádios com clubes tradicionais — tipo o Raja Casablanca que eliminou o Galo de Ronaldinho em Mundial — a atmosfera é espetacular. Não há silêncio no estádio. Quando o adversário está com a bola as vaias pegam, enfim, é um show. A proximidade geográfica, claro, colaborou para o barulho ser maior.
1º lugar: Argentina
Não há comparação. Léguas na frente das outras. Argentinos não gritam, eles cantam. Isso os faz cansarem menos. Eles também não marcam concentrações com tragos em dia de jogo. E começam a cantar só no metrô. Tem um penso nisso. Assim chegam novos na arquibancada. Ver uma plateia argentina em futebol — ou em shows de músicas em Buenos Aires — é um espetáculo da Terra.