O Brasil está nas quartas de final da Copa, com direito a goleada para cima da Coreia do Sul. Não há como negar: passar com tranquilidade por esse primeiro jogo decisivo deu uma acalmada nos nervos dos brasileiros.
A estreia no mata do Mundial sempre dá aquele friozinho na barriga. Sem contar que a gente sabe que a zebra pegou apreço em passear pelo deserto, então, todo cuidado é pouco. Fato é que a Seleção fez sua parte com bom futebol, alegria e leveza.
Tão leve quanto a brisa do mar que é possível sentir no rosto em uma caminhada pela região portuária de Doha. Um ótimo lugar para desacelerar até que a frequência dos ansiosos corações que esperam pelo Hexa volte a bater insanamente. Por aqui, restaurantes e cafés, distribuídos em casinhas bem coloridas, dão certo aconchego ao ambiente e são uma parada obrigatória. Nem que seja por alguns minutos.
Tudo isso divide espaço com as riquíssimas embarcações atracadas no porto, que são a própria definição da palavra luxo. De verdade, não faço a menor ideia do quanto de dinheiro custaria um iate daqueles de sete andares. Também é aqui que ficam os navios-hotéis, que hospedam os turistas durante a Copa. Ainda bem que só sentar e ficar olhando tudo isso, não custa nada.
Para turistas e cataris
O local, que foi totalmente revitalizado para a Copa do Mundo, abrigava o antigo mercado do peixe de Doha. Hoje, num ambiente mais gourmetizado, ainda se encontra um bom pescado à venda. Engana-se quem pensa que a região é predominantemente frequentada por turistas. É muito fácil encontrar famílias inteiras de árabes por aqui, aproveitando os dias ensolarados e de céu azul do Catar.
Mas também chegam a todo instante vários ônibus trazendo estrangeiros para visitação ou hóspedes dos cruzeiros, com mala e tudo. Para quem vai conhecer o porto, vale ir de uma ponta até a outra para garantir lindas fotos. Tanto com os prédios baixos e ao estilo mais clássico, quanto com a skyline da capital do país ao fundo.
Agora, te liga nessa dica! Para desbravar tudo isso, sem caminhar muito, sob sol forte, basta pegar carona naqueles carrinhos que a gente encontra em campos de golfe. E é na faixa, não paga nada. Só é preciso se segurar firme — muito firme — porque os motoristas aqui "tacam-lhe pau". E o passeio, que era parar ser bem tranquilinho, ganha uma emoção bem especial.