O Tribunal de Contas do Distrito Federal apontou indícios de sobrepreço nas obras do Estádio Mané Garrincha, em Brasília. De acordo com a auditoria, o excesso no custo da construção é de R$ 431 milhões. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo.
O levantamento indica que os motivos para o desperdício de dinheiro são: cálculo errado do transporte, compra indevida de material, abono de multa pelo atraso na entrega da obra e atrasado no pedido de descontos em tributos. Sobre o transporte de material, a fábrica de peças fica a menos de 2 km do estádio, mas o cálculo foi feito como se viesse de Goiânia, com uma distância de 240km. Só nesse item, o gasto desnecessário é de R$ 879 mil.
O Tribunal de Contas atestou que o transporte de pré-moldados ocorre dentro do próprio canteiro de obras, e que a utilização de custo do translado Brasília-Goiânia é totalmente inadequado para o serviço. O governo do Distrito Federal se defendeu, alegando que inexistem irregularidades ou superfaturamento na obra, e pediu prorrogação de 90 dias para apresentar justificativas.