O assunto naming rights da Arena do Corinthians é tratado em sigilo e pouco falado por dirigentes do clube que, nos últimos meses, foram evasivos ao comentar a compra do nome do estádio. Mesmo assim, há negociações para que uma empresa dê o nome do novo estádio. Três empresas fazem parte das reuniões que tratam dos números e do tempo do acordo. E a cervejaria Ambev é quem tem conversas mais adiantadas para ter a propriedade sobre o nome do palco de abertura da Copa do Mundo.
As tratativas, neste momento, estão na base de R$ 420 milhões por 20 anos de parceria, o que representaria R$ 21 milhões por temporada. O valor é considerado ideal pela diretoria do Timão que, inicialmente, pensava em um período menor de acordo. Algo que, ao longo da construção do estádio, foi repensado pela dificuldade de se encontrar um interessado em pagar o valor ideal.
Em novembro do ano passado, clube, Ambev e governo do Estado de São Paulo anunciaram que a empresa de bebidas seria a responsável pelas arquibancadas móveis atrás do gol, que aumentarão a capacidade de 48 para 68 mil pela Copa.
- São três interessados, a Ambev é uma das que está em negociação com o clube - confirmou uma pessoas próxima ao presidente Mário Gobbi, que deixou as conversas para o ex-presidente Andrés Sanchez.
A venda do naming rights é considerada fundamental para o clube por causa do empréstimo de R$ 400 milhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que deve ser liberado nos próximos dias - valor que ainda não conta os juros que serão colocados pela quitação em alguns anos.
Como o BNDES não pode emprestar diretamente para clube, o dinheiro será repassado à Caixa Econômica Federal, que será responsável pelo empréstimo, devendo cobrar do Corinthians e da construtura Odebrecht em caso de atraso. O clube e a construtora criaram uma SPE (Sociedade de Propósito Específico), empresa com finalidade específica de construir a Arena Corinthians.