Maxi López chegou sob desconfiança de parte da torcida, mas, menos de seis meses depois, é unanimidade nas arquibancadas para os vascaínos. O argentino tem demonstrado não só um bom futebol, como postura de ídolo fora das quatro linhas. Não há exagero em dizer que, em um ano ruim como 2018, o camisa 11 vai ser o grande responsável pela — agora provável — permanência na Série A do Brasileirão.
Os números deixam claro a participação decisiva de Maxi no atual momento do Vasco. Desde que chegou, na 18ª rodada, participou de 15 jogos da competição. Fez nada menos que sete gols e quatro assistências, sendo responsável diretamente por 11 gols da equipe — o segundo melhor no quesito neste período, com 73,3% de participação. Sem contar as participações indireta, como o corta-luz feito para Pikachu abrir o placar contra o Cruzeiro.
Mais do que os gols e o bom pivô de costume, Maxi elevou o patamar do Vasco na base da confiança. Chama a responsabilidade e traz tranquilidade ao time, seja nas entrevistas pós-jogo ou nos treinos no CT do Almirante. Nos clássicos, que podem mudar o psicólogico do time, teve atuações de destaque: gols contra Botafogo e Fluminense e assistência contra o Flamengo.
Mas se o número de finalizações e bolas na rede são altos, a vontade em campo também é. E fica claro em um quesito que Maxi lidera com folga: desde que chegou, é quem mais fez faltas (44) e mais levou cartões amarelos (8). Inclusive, está pendurado para o próximo jogo.
Quem achou que o retorno para o futebol brasileiro passaria despercebido, está enganado. Maxi López veio para deixar sua marca no Vasco e terá uma parcela grande na permanência do clube na primeira divisão.