A primeira rodada de todas as divisões do Brasileirão, que começou na sexta-feira (12) com a Série B, está sendo marcada por protestos de atletas. Com fita preta na manga, jogadores contestam dois projetos em tramitação no Congresso: a Lei Geral do Futebol, na Câmara dos Deputados, e a Lei Geral do Desporto, no Senado. Segundo a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf), que comanda a manifestação, as propostas acarretariam em mudanças na Lei Pelé e seriam financeiramente prejudiciais à categoria.
Outros pontos destacados pela Fenapaf são a tentativa de extinção dos direitos de arena, que permite aos jogadores receberem parte da quantia destinada aos clubes pelos direitos de transmissão de TV, e a mudança no pagamento ao atleta demitido por justa causa. Hoje, o jogador recebe integralmente o valor equivalente ao restante do contrato. Com as novas regras, passaria a receber apenas 10% do que ganharia até o final do vínculo com o clube.
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A Fenapaf destaca ainda que a realidade enfrentada pela maioria dos atletas no Brasil não se aproxima ao padrão encontrado por atletas das séries A e B. Atualmente, 85% dos jogadores do país recebem em média R$ 1 mil mensais.