Já houve um Flamengo e Botafogo, e ainda um Fluminense e Vasco no Maracanã reconstruído conforme o conceito de arena que praticamente coloca o torcedor dentro do campo. O Mineirão recebeu um Cruzeiro e Atlético-MG com altíssimo potencial inflamável, já que o clima de festa pelo título da Libertadores atiçava a rivalidade pão de queijo. Três clássicos entre clubes rivais, sempre com duas torcidas - e nenhum incidente grave.
Se houver briga no Gre-Nal e nos tornarmos objeto da vergonha nacional, terá chegado a hora das decisões draconianas. De cortar o mal pela raiz. De expulsar os torcedores de aluguel, que tomam partido em eleições e agem de olho em benesses futuras. De punir o time com perda do mando de campo seja qual for o estádio.
Eu acredito
Quem vai ao estádio com a violência como filosofia não torce pelo clube. Torce pela sua organizada. Se acha mais torcedor do que os outros. É um perfil exibicionista, de quem seria condenado ao ostracismo no mundo real. Há gente assim no Grêmio, no Inter, no Flamengo, do Corinthians, em todo o lugar. É um tumor.
O Gre-Nal será o nosso divisor de águas. Se der rolo só haverá um caminho. É o pior deles, eu sei, mas ao menos é um caminho: torcida única, para não expor crianças e cidadãos normais à barbárie fascista. Mas, como disse a torcida do Galo na final da Libertadores, eu ainda acredito em Gre-Nal com duas torcidas.