O Estádio dos Aflitos "fez" mais uma vítima neste domingo. Com o 11º gol de Kieza no Brasileirão, o Náutico bateu o desesperado Palmeiras por 1 a 0 e agora soma 11 vitórias em 15 jogos como mandante na competição (são apenas duas derrotas e dois empates). Para o Verdão, a situação no Brasileirão só piora: ainda são nove pontos para sair da zona do rebaixamento, mas com apenas oito jogos pela frente.
E o Palmeiras tem mais um duelo decisivo à espera de um milagre: pegará justamente o Bahia, na próxima quarta, fora de casa. Mesmo com uma vitória no confronto direto deixará o time perto do "alívio".
Já o Náutico, "tranquilo", chegou aos 40 pontos e agora ocupa a nona posição. Com mais três pontos deve se garantir na Primeira Divisão. Na próxima rodada, o Náutico jogará às 19h30 de quarta-feira contra o Coritiba, fora de casa.
O JOGO
O Palmeiras teve 55% de posse de bola no primeiro tempo. Mas foi o Náutico, dono de 45%, quem foi para o intervalo vencendo. É um retrato da situação dramática vivida pelo clube paulista no Brasileirão: vai ao ataque e tenta pressionar, mas não consegue marcar os gols e sofre com a instabilidade da defesa.
Antes de Kieza receber em velocidade pela esquerda, limpar Thiago Heleno com muita facilidade e abrir o placar com um chute rasteiro e colocado, aos 13 minutos de bola rolando, Obina já havia desperdiçado duas ótimas oportunidades de diminuir a aflição alviverde. Na primeira, chutou em cima de Felipe. Depois, com o goleiro batido, parou nas pernas salvadoras de Alison.
Em vantagem, o Náutico se segurou ainda mais. Apesar de dar alguns sustos na torcida com erros na saída de bola e de exagerar no número de faltas cometidas nas proximidades da área, o Náutico quase não foi ameaçado. Afinal, o lesionado Marcos Assunção não estava em campo para dar trabalho com seus chutes venenosos.
E os mandantes ainda assustavam nos contra-ataques, com quatro jogadores de velocidade flutuando à frente dos confusos defensores rivais: Rhayner, Araújo, Rogério e Kieza.
No intervalo, Alexandre Gallo diminuiu o arsenal do Timbu e reforçou o meio de campo com a entrada do volante Josa na vaga de Rogério. Mas a defesa palmeirense continuou colaborando e Araújo deu trabalho a Bruno logo aos 8, após passe errado de Leandro Amaro. Um minuto depois, Alessandro lançou Rhayner, que acertou a trave direita do goleiro.
Quando Gilson Kleina colocou Betinho no lugar de Márcio Araújo, lançando o time de vez à frente ainda aos 13 minutos, o zagueiro Alemão entrou na vaga do lateral-direito Alessandro no Timbu, que ficaria em situação muito favorável instantes mais tarde. Aos 17, Thiago Heleno interrompeu arrancada de Araújo e foi expulso.
Desesperado, o Palmeiras apostou em Patrick Vieira na vaga de Mazinho. Por fim, Vinícius ainda substituiu um esgotado Obina. No Náutico, que se deu ao luxo de administrar a vitória, a última troca serviu apenas para Araújo ser aplaudido ao ceder lugar a Rogerinho.
Os paulistas nem de longe conseguiram fazer a pressão que o Timbu esperava. Tiago Real, um dos poucos com alguma qualidade para criar jogadas, até distribuiu alguns bons passes. Mas os colegas não ajudaram. Em uma dessas jogadas, Luan pegou de primeira e mandou a bola na direção da linha lateral. Na melhor chance, Juninho recebeu de Vinícius e bateu cruzado. Felipe defendeu.