Desde o acidente de esqui em dezembro de 2013, a saúde e a privacidade de Michael Schumacher, heptacampeão da Fórmula 1, têm sido mantidas em sigilo rigoroso. No entanto, a família do ex-piloto enfrenta novas preocupações após o desaparecimento de um disco rígido, que contém imagens íntimas e arquivos médicos do alemão.
O caso veio à tona em julgamento de três homens acusados de tentativa de extorsão, conforme reportado pelo jornal britânico Daily Mail nesta terça-feira (10).
Na ocasião, eles demandaram 12 milhões de libras (R$ 92,8 milhões) da família Schumacher, ameaçando divulgar cerca de 1,5 mil imagens, 200 vídeos e notas médicas detalhadas.
Família enfrenta nova ameaça de vazamentos
Markus Fritsche, ex-segurança de Schumacher, juntamente com Yilmaz Tozturkan e seu filho Daniel Lins, são os acusados pelo crime de extorsão. A audiência ocorre no Tribunal Distrital de Wuppertal, na Alemanha.
Durante o julgamento, revelou-se que um dos discos rígidos contendo o material comprometedor não foi recuperado pela polícia, aumentando o temor de que possa ser divulgado na "dark web" (parte oculta da internet).
Fritsche é apontado como o mentor do esquema — trabalhou com a família até 2020 —, utilizando material privado que ele teria retirado da residência de Schumacher.
Tozturkan admitiu parte do esquema, mas negou ter adquirido as fotos, alegando que tentou vendê-las antes de contatar a família do ex-piloto. Seu filho, Daniel Lins, reconheceu sua participação, mas afirmou desconhecer que se tratava de uma extorsão.
Fritsche, por meio de seu advogado, negou as acusações, alegando que foi solicitado por Corinna Schumacher, esposa do ex-piloto, a digitalizar fotografias e salvá-las em um disco rígido azul.
A situação é semelhante a um caso ocorrido anteriormente, em que ameaças de roubo e vazamento de prontuários médicos ocorreram.