Além da dedicação para tirar boas notas, os três ex-estudantes do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) têm um currículo marcado por atividades que ultrapassam a sala de aula. Além da participação em projetos sociais, características como liderança também são importantes e podem definir a seleção.
Saiba mais sobre as trajetórias de Lucas Gabriel de Barros Silva, Victória Jalowitzki de Quadros e Matheus Ozorio Brum.
Lucas Gabriel de Barros Silva
Foto: Tadeu Vilani
De onde é: nasceu em Los Angeles, Estados Unidos, e mora no Brasil desde os sete anos
Para onde vai: Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia
O que vai estudar: Engenharia Química
Calouro de Engenharia Química na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Lucas diz que não é necessário ser genial para entrar em uma universidade nos Estados Unidos.
- O segredo é se dedicar desde o início do processo, mostrar quem você é nas redações e demonstrar que você tem potencial e engajamento social - revela.
Com 17 anos, ele já tem planos claros sobre a carreira. Lucas pretende se formar no curso que já estuda no Brasil e, no futuro, trabalhar com processos químicos, com o objetivo de reduzir custos e o impacto ambiental. Filho de brasileiros, nascido em Los Angeles, mudou-se para a capital gaúcha aos sete anos. Ele credita ao pai a inspiração para voltar aos EUA:
- Ele sempre me falou sobre as universidades e sobre o sistema de ensino de lá. Isso alimentou meu desejo.
Victória Jalowitzki de Quadros
Foto: Tadeu Vilani
De onde é: Soledade
Para onde vai: Universidade Harvard, em Cambridge, Massachusetts
O que vai estudar: pensa em cursar Economia e Ciência Política
Os planos de Victória para cursar a graduação no Exterior surgiram no início do Ensino Médio, depois que ela participou de um programa de intercâmbio na Universidade de Cambridge, na Inglaterra. No entanto, a estratégia teve de ser um pouco alterada. Depois de analisar os sistemas de seleção, percebeu que teria mais chances se direcionasse os esforços para os Estados Unidos.
- Não tenho exatamente o perfil de quem vai para Harvard. Normalmente, são alunos que se destacam em olimpíadas internacionais de áreas científicas.
A estudante de 18 anos foi admitida em quatro das oito universidades a que se candidatou. Ela afirma ter optado por Harvard em razão da tradição, da excelência acadêmica e da localização. Coincidência ou não, Harvard fica na cidade americana de Cambridge - mesmo nome da cidade inglesa onde seu interesse por estudar se fortaleceu.
Matheus Ozorio Brum
Foto: Tadeu Vilani
De onde é: Itaqui
Para onde vai: Universidade Duke, em Durham, na Carolina do Norte
O que vai estudar: Economia e Ciência Política
Formado em 2011, Matheus, que hoje trabalha em um escritório de advocacia, chegou a cursar um semestre de Direito na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Contudo, não se satisfazia com a faculdade. Aceito pela Universidade Duke, da Carolina do Norte, entende que ser um devorador de livros não basta para se sair bem tanto na seleção quanto durante a formação acadêmica nos EUA.
- Eles querem alunos inteligentes para aguentar a carga de estudos, mas, principalmente, capazes de fazer a diferença em sua comunidade - avalia.
Matheus, 19 anos, pretende estudar Economia e Ciência Política. Contemplado com uma bolsa integral, economizará US$ 64,4 mil por ano em mensalidades.
Quer tentar?
Os Estados Unidos têm um órgão oficial de representação de instituições de graduação e pós-graduação em Porto Alegre. O escritório do EducationUSA fica no Instituto Cultural Brasileiro Norte-Americano (ICBNA), na Rua Riachuelo, 1.257, e oferece um serviço gratuito de orientação para interessados em estudar em universidades dos Estados Unidos. É necessário marcar hora pelo telefone (51) 3025-0618.
O processo
> Primeiro, faça uma pesquisa para selecionar as universidades nas quais tiver mais interesse
> Preencha as fichas para as candidaturas.
> É necessário fazer o exame de proficiência em inglês Toefl, uma certificação de nível avançado, e o SAT, um teste de conclusão do Ensino Médio
> Também é necessário apresentar cartas de recomendação de professores, além de uma carta de apresentação escrita por você mesmo
> A admissão leva cerca de um ano, e existem inúmeras possibilidades de preços e de bolsas de estudo