Aos seis anos, Catarina Rosso de Barros vai encarar a sua primeira grande missão escolar no ano que vem: o 1º ano do Ensino Fundamental. Estudante do Colégio Marista Rosário, em Porto Alegre, a menina segue os passos do irmão mais velho, que já passou por essa experiência na escola e se prepara para ingressar no 8º ano.
A virada do ano representa uma transformação para aqueles que estão concluindo uma fase para, em seguida, começar outra. Essa época pode trazer sentimentos mesclados de empolgação e angústia. Ter com quem compartilhar ajuda a amenizar as sensações.
Por ser a segunda vez que enfrentam esse processo, os pais de Catarina, Evelyn Rosso de Barros e Leonardo Rufatto de Barros, se sentem menos ansiosos do que da primeira. No entanto, sabem que os momentos são sentidos de maneiras diferentes por cada filho.
— Ela está sentindo de uma maneira diferente. Eu vejo ela mais ansiosa, até por preocupação de não ficar com as colegas que já conhece. Ela verbaliza mais — comenta Leonardo.
Quando perguntada pela repórter de GZH sobre se sentia algum medo ao entrar no 1º ano, Catarina assentiu:
— Eu tenho medo que meus colegas não gostem de mim e eu estou com medo de passar pela passarela — conta a menina.
No Rosário, a Educação Infantil funciona em um prédio, enquanto os Ensinos Fundamental e Médio operam em outro. Ambos são conectados por uma passarela. Para simbolizar a chegada ao 1º ano, a instituição promove um ritual, no qual as turmas da pré-escola realizam essa passagem, acompanhadas pelo mascote Periquito Rosariense.
Para tornar o processo menos brusco, o Rosário inicia, no segundo semestre do último ano de Educação Infantil, visitas dos pequenos às turmas de 1º ano. Lá, podem conhecer a estrutura, o funcionamento e podem tirar dúvidas com os mais velhos. Catarina questionou, por exemplo, sobre se a professora deixava fazer perguntas, e se havia prova – dá para perguntar, mas ainda não há provas; apenas temas de casa, uma novidade para os pequenos.
Apesar de expressar algumas preocupações, a estudante está animada para aprender a ler e a escrever. Por enquanto, sabe escrever seu nome em letra cursiva e já arrisca algumas letras em minúsculo. Evelyn e Leonardo já matricularam a filha na Educação Infantil do Rosário em 2023, para que ela fosse se acostumando com a estrutura maior do que a da instituição que frequentava antes. O casal também se preocupa em respeitar o tempo da menina.
— A escola fala muito nesse respeito. Existe um projeto de eles serem alfabetizados no 1º ano, mas cada criança tem seu tempo. Pode ser que para a Catarina ocorra em março, pode ser que para outro coleguinha ocorra lá em novembro — diz Evelyn, que expressa a importância de dar liberdade à filha trazer suas dúvidas e curiosidades, sem pressão.