Se o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano gerou, direta e indiretamente, uma série de discussões políticas, as questões da prova parecem ter feito jus ao clima que envolve o assunto. De acordo com alunos ouvidos pela reportagem na tarde deste sábado, entre as 45 perguntas da prova de ciências humanas houve espaço para discussões envolvendo manifestações de rua e representatividade feminina.
– Achei a prova de ciências humanas mais fácil, mas também mais interessante. As questões apresentavam uma ideia, davam um texto alusivo, e pediam uma conclusão com base naquilo – avalia Fabricio Monteiro, de 18 anos – Em ciências dá natureza, o cara precisava saber coisas específicas, ter se preparado.
Leia mais:
#ShowDosAtrasados: veja os memes do primeiro dia de Enem
Atrasados do Enem lamentam vacilo e já planejam o próximo ano
Inep esclarece que transmissão de prova do Enem no Facebook é falsa
Guilherme Silva, de 21 anos, comentava a prova com seu irmão estreante em Enem, Gabriel, de 17 anos. De acordo com o primogênito, a prova de 2016 foi mais tranquila em relação a edições anteriores:
– Mais objetiva, com menos texto – diz, para depois fazer uma ressalva: – Química muito difícil. Decoreba demais!
De acordo com os candidatos, a prova de história tocou em temas que têm relação com discussões prementes, como as manifestações de rua e o feminismo (uma das questões falava sobre a expectativa da Nasa, há alguns anos, de que em pouco tempo as mulheres astronautas existiriam em mesmo número do que os homens, algo que não se concretizou).
– Muita filosofia, muita sociologia, muito mais pra fazer o candidato pensar – sacramenta Érica Mallmann, 25 – Mas eu esperava assuntos atuais.