
O pesquisador Isaac Roitman morreu aos 86 anos em 7 de março de 2025. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Roitman era pesquisador emérito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e membro da Academia Brasileira de Ciências. Ele também foi professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) e apontado como um dos mais respeitados nomes da instituição. Roitman também foi articulista e colunista do jornal Correio Braziliense.
O CNPq lamentou o falecimento do pesquisador, que também atuou como assessor da presidência do Conselho entre 2004 e 2005. De acordo com a organização, Roitman foi um grande incentivador da institucionalização do Programa de Iniciação Científica e Tecnológica (Pibic), tendo participado da Comissão Nacional de Avaliação da Iniciação Científica (Conaic).
Cristovam Buarque, que também foi professor emérito da Universidade de Brasília (UnB) e ex-ministro da Educação, lamentou a morte do colega e lembrou do legado deixado por ele.
— O Brasil perdeu um grande cientista, uma mente arguta e um coração justo. Os amigos perderam um companheiro solidário e com imenso senso de humor. Certamente fará falta. O Correio perdeu um dos seus melhores colunistas: Isaac Roitman — pontuou.
Que foi Isaac Roitman
Roitman nasceu em 1939, em Santos, São Paulo, onde morou até completar os estudos secundários. Cursou odontologia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas, de 1959 a 1962. Durante esse período, ele se interessou por microbiologia, área que depois se tornou doutor.
Ele deu início à carreira de professor em 1964, na UFRJ, como professor-assistente, cargo que ocupou até 1969. Ficou na universidade carioca até 1974.
Roitman ingressou na UnB em 1972, como professor adjunto visitante, e dois anos depois como efetivo. Em Brasília, ele assumiu a missão de criar o Laboratório de Microbiologia.
Na pesquisa, o professor destacou-se nos estudos sobre a fisiologia de microrganismos. Publicou mais de 60 artigos científicos em periódicos indexados, editou livros e contribuiu com capítulos em diversas obras. Roitman também auxiliou na formação de novos pesquisadores, orientando dezenas de dissertações de mestrado e teses de doutorado.
CNPq também se solidarizou à esposa do pesquisador, Celina Roitman, servidora aposentada do CNPq, e aos familiares e amigos de Roitman.