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O Cpers (sindicato dos professores estaduais) solicitou a suspensão das aulas na rede estadual em função do calor previsto para o período de 24 a 28 de fevereiro no RS. Após a primeira solicitação de adiamento, pelos mesmos motivos, o ano letivo iniciou na quinta-feira (13) para cerca de 700 mil alunos matriculados em 2.320 escolas.
A diretora Neiva Lazzarotto, do 39º Núcleo do Cpers de Porto Alegre, relata que a decisão pelo pedido de suspensão foi tomada durante conversa com professores e alunos do Colégio Julinho, em Porto Alegre.
No encontro, ocorrido na quinta-feira (20), houve questionamentos sobre a nova onda de calor prevista para a próxima semana pelos institutos de meteorologia. O pedido foi encaminhado à Secretaria da Educação do RS (Seduc), que recebeu o ofício na sexta-feira (21).
— Fizemos esse encaminhamento pedindo que a Direção Estadual se dirigisse à Secretaria de Educação e ao governo do Estado fazendo essa solicitação como já tínhamos feito anteriormente, e que não havia sido atendida pelo governo e acabou necessitando ação judicial que resultou na liminar que adiou o ano letivo — afirma a diretora Neiva Lazzarotto.
Conforme a diretora, o Cpers Sindicato orienta para que todos se protejam do calor nas escolas nos próximos dias. A diretora disse ainda que os professores aguardam algum pronunciamento da Seduc sobre o pedido de suspensão das aulas.
Orientações da Seduc
Neste sábado (22), a reportagem de Zero Hora entrou em contato com a Seduc para saber se haveria algum tipo de pronunciamento do governo do Estado durante o dia. A Seduc respondeu que chamará o Cpers para uma conversa. Até a publicação desta matéria, não haviam sido informados a data e o horário do encontro. As aulas seguirão normalmente na próxima semana na rede estadual.
O governo estadual informou que as recomendações permanecem as mesmas de antes do começo das aulas para as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs). Confira, abaixo, as orientações:
- Possibilidade de antecipar ou adiar o horário de entrada e saída para evitar os momentos mais quentes do dia;
- As atividades físicas também devem ser substituídas;
- As escolas técnicas que realizam práticas pedagógicas em ambiente externo devem evitar os horários de pico de calor e reorganizar o formato das aulas;
- As CREs devem adotar ações que correspondam à realidade das diferentes regiões, incentivando visitas presenciais nas escolas, onde equipes de servidores avaliarão as condições de atendimento;
- Ampliação do acesso à hidratação, adaptação do cardápio da merenda escolar e reorganização das atividades ao ar livre, priorizando espaços cobertos e ventilados.