Após atingir a marca de R$ 6,206 pela primeira vez, o dólar terminou a terça-feira (17) cotado a R$ 6,095, em novo recorde nominal. O recuo durante o dia ocorreu devido a intervenções do Banco Central para conter a alta e a perspectiva de votação de texto do pacote de corte de gastos do governo federal pela Câmara.
Na segunda (17), a moeda havia fechado em R$ 6,094, atingindo novo recorde nominal. Com tendência de alta na abertura do mercado, o BC realizou duas intervenções ao longo do dia, leiloando US$ 1,2 bilhão e US$ 2 bilhões. Este é o quarto dia útil seguido com leilão de dólares.
A frequência dessas intervenções é a maior desde o fim de 2021, quando o BC chegou a fazer nove leilões, entre vendas à vista e com compromisso de recompra, apenas em dezembro. Nessa época, o dólar oscilava em torno de R$ 5,70, próximo das máximas históricas para o período.
Outro fator que contribuiu para o recuo, conforme o g1, foi o anúncio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que pretende votar um dos textos do pacote de gastos anunciado pelo governo federal em dezembro.
Conforme fontes ouvidas pela colunista de Zero Hora Marta Sfredo, o valor inédito da moeda norte-americana decorre de fatores como a maior demanda por financiamento para exportação, saída de valores de empresas multinacionais para as matrizes e a incerteza de avanço e desidratação no pacote de corte de gastos
Também nesta terça, o BC divulgou a ata da última reunião do ano do Conselho de Política Monetária (Copom) que elevou a taxa Selic em um ponto percentual, para 12,25%. O aumento não impediu novas altas do dólar.