O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (5) que a equipe econômica ainda está entendendo a situação atual do setor aéreo no país e que qualquer ação emergencial em benefício às empresas do segmento não envolveria recursos do Tesouro Nacional.
— Nós estamos fazendo um levantamento da situação. Primeiro vamos esclarecer aqui que o preço do querosene (QAV, querosene de aviação) caiu durante o nosso governo. Preço do querosene não pode ser justificativa para aumento de custo de passagem aérea. Ele caiu durante todo o período do governo do presidente Lula — disse Haddad a jornalistas, após participar de encontro com economistas e pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), na zona sul do Rio de Janeiro.
Haddad frisou que um eventual pacote de socorro voltado ao setor aéreo não poderia implicar em despesa primária.
— Nós vamos entender melhor o que está acontecendo. Não existe socorro com dinheiro do Tesouro. Isso não está nos nossos planos. O que está eventualmente na mesa é viabilizar uma reestruturação do setor, mas que não envolva despesa primária — afirmou o ministro, acrescentando que pode haver algum fundo envolvido na solução, mas não despesa primária.
Segundo ele, uma equipe da Fazenda já está debruçada sobre o assunto, num trabalho que deve se estender pelo mês de fevereiro.
— Tem uma equipe montada para fazer isso ao longo do mês. Acredito que até (final de) fevereiro vamos ter um diagnóstico e uma proposta — acrescentou.