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Apesar de registrar variação positiva em dezembro, a indústria encerrou 2016 com recuo de 6,6%. Com isso, a produção industrial brasileira acumula mais um ano de baixa, após ter registrado retração de 8,3%, em 2015, e de 3%, em 2014.
No último mês do ano passado, o setor avançou 2,3% na comparação com novembro, incluindo o ajuste sazonal. Em relação à dezembro de 2015, no entanto, houve retrocesso de 0,1%. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira.
De acordo com o IBGE, o desempenho da indústria no quarto trimestre de 2016 alcançou retração de 3,1%, enquanto o acumulado dos últimos seis meses do ano passado indicam recuo de 4,2%. Os números são confrontados ao resultado dos mesmos períodos em 2015.
A produção da indústria de bens de capital caiu 3,2% em dezembro ante novembro, segundo o IBGE. Na comparação com dezembro de 2015, o indicador mostrou avanço de 17,3%. No acumulado de 2016, houve redução de 11,1% na produção de bens de capital.
Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou alta de 1,8% na passagem de novembro para dezembro. Na comparação com dezembro de 2015, houve recuo de 2,2%. No acumulado do ano, a queda foi de 5,9%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de dezembro foi de avanço de 6,5% ante novembro, e alta de 4,8% em relação a dezembro de 2015. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve crescimento na produção de 4,1% em dezembro ante novembro, e recuo de 3,6% na comparação com dezembro do ano passado.
Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador teve alta de 1,4% em dezembro ante o mês anterior. Em relação a dezembro do ano passado, houve redução de 0,5%. No acumulado do ano, houve queda de 6,3%. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria apontou avanço de 0,5% em dezembro.
Revisões
O IBGE revisou o dado da produção industrial do mês de novembro ante outubro, de 0,2% para 0,4%. Houve revisão ainda na produção de bens de capital no período, que passou de 2,5% para 3,9%.
O instituto revisou também a produção de bens intermediários em novembro ante outubro, que saiu de 0,5% para 0,7%; a taxa dos bens de consumo duráveis passou de 4,0% para 4,3%; e a dos bens de consumo semi e não duráveis foi revista de -0,5% para -0,6%.