Não será só com a retomada do projeto Cais Mauá que os porto-alegrenses vão intensificar sua reconciliação com o Guaíba. Entre as novidades que Carlos Jereissati Filho, presidente da Iguatemi Empresa de Shopping Centers, prepara para a capital gaúcha está um paradouro no terceiro andar do Praia de Belas Shopping, com vista para o festejado pôr-do-sol sobre as águas. Além de serviço de bar e café, programações culturais estão previstas para o espaço que deve ser concluído até 2017. A outra é a chegada de uma operação do Outback no Praia de Belas, até o início de 2016, na área antes ocupada pela Na Brasa.
Convívio local
O empresário de 44 anos conhece bem Porto Alegre e o Praia de Belas: morou aqui quando ocupou a gerência-geral do shopping. Da época, lembra da fama de "viver de costas para o Guaíba". Por isso, decidiu contribuir para reaproximar as relações. Jereissati também reivindica a ideia da passarela entre o prédio de estacionamento e o shopping. Era para dar "orgulho de mostrar a cidade".
Grife nos descontos
O antigo Platinum, de Novo Hamburgo, foi o primeiro empreendimento a assumir a bandeira I-Fashion, que leva a marca do Iguatemi, representada pelo "I", para outlets premium. A estratégia coincidiu com um momento em que esse tipo de empreendimento aumentou as vendas no Brasil, pela redução das viagens de brasileiros ao Exterior e pela necessidade de fazer compras com descontos.
Atraso no Iguatemi
A causa do atraso de seis meses na ampliação do Iguatemi Porto Alegre deixa o empresário inconformado. A obra foi embargada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e só liberada por liminar judicial. Poderia ter aberto no final deste ano, gerando empregos em um momento de crise. Com o embargo, ficou para abril de 2016.
- Não existe esse tipo de problema em outro lugar do Brasil. Atuamos em locais com complexidade igual ou maior do que Porto Alegre e nunca houve algo assim. Somos uma grande empresa, que costuma contratar fornecedores de qualidade. Não significa que não possa haver problema, mas bastaria apontar e exigir correção. Nenhuma construtora de fora quis trabalhar aqui por conta desse problema. É uma questão que precisa ser discutida e resolvida - adverte Jereissati.