O total de negócios gerados na Expointer 2014, até as 15h deste domingo (7), soma R$ 2,792 bilhões, dos quais R$ 2,713 bilhões estão sendo negociados pelos produtores com bancos para compra de máquinas agrícolas. O fechamento dos contratos, no entanto, ocorre após a feira, que termina neste domingo. O valor, que é 17% menor do total negociado no ano passado, foi anunciado em entrevista coletiva nesta tarde pelo secretário estadual da Agricultura Claudio Fioreze.
Diferentemente de 2013, em que o crédito facilitado e a boa safra impulsionaram a comercialização, principalmente em máquinas e animais, esse ano o desempenho foi abaixo. Conforme o Secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, não tinha como manter o mesmo desempenho. Ele assegura que sabia das dificuldades devido aos juros e, também, ao momento eleitoral.
"O ano passado foi um ponto fora da curva, espetacular, não tinha como continuar. Os números alcançados foram acima da nossas expectativas. É claro que no início da nossa feira, a gente nunca diz para o produtor que ele vai vender menos, mas nós sabíamos das dificuldades.", assegura.
Apesar do acesso pela BR-448, e os novos terminais de autoatendimento para a compra de ingressos, a administração do parque avaliou que houve problemas tanto no acesso ao local quanto no sistema de bilheteria, devido ao serviço contratato. O subsecretário do Parque Assis Brasil , Adeli Sell, defende uma mudança radical no processo de licitação.
"Empresas que não têm capacitação e infraestrutura não poderão concorrer a essa licitação. Vou propor aos órgãos do governo que empresas precisem ter um depósito prévio da quantia da última feira", ressalta.
Ainda conforme a organização do evento, problemas na telefonia, no acesso a deficientes físicos, e na venda de ingressos para idosos precisam ser solucionados para as próximas edições. No Pavilhão da Agricultura Familiar, a comercialização superou a de 2013. O total vendido foi R$ 1,9 milhão. O resultado foi o melhor nos últimos quatro anos. Alguns produtos esgotaram como cucas e salames.
O setor da pecuária negociou R$ 4 milhões a menos na comparação com o ano passado na Expointer. Durante os nove dias de feira, o setor de pecuária movimentu R$ 12,8 milhões. No ano passado foram R$ 16 milhões.
Considerado todos os anos com principal destaque, a raça de cavalos crioulos também registrou queda de vendas, por exemplo. O principal motivo para o resultado, na avaliação da Farsul, foi a instabilidade política e econômica no País. Os destaques positivos no setor agropecuário desta edição foram as vendas das raças Bovino Angus e Ovino Texel.