
O Laboratório de Pesquisas Econômicas do curso de Economia do Centro Universitário Franciscano (Unifra) divulgou nesta segunda-feira (09) a edição de maio do Boletim do Índice do Custo de Vida de Santa Maria. Os preços dos mais de mil produtos e serviços pesquisados tiveram um aumento médio de 0,64% no mês passado, um pouco abaixo de abril, que subiu 0,89%. O resultado reflete uma situação comum na cenário atual: baixo crescimento econômico aliado com inflação persistente.
O grupo habitação foi o principal responsável pelo aumento do custo de vida no mês de maio, representando 26,07% do índice. Parte deste número foi puxado pela tarifa de energia elétrica, que foi reajustada em abril.
Entre as maiores altas estão preço do álcool doméstico (+14,1%), o amaciante (+9,2%) e a esponja de aço (+9%). Com a autorização do reajuste das tarifas de água e esgoto, a tendência é que os preços médios do grupo permaneçam elevados em junho.
O segundo maior responsável pela inflação em Santa Maria é o preço dos alimentos, que representa uma fatia de 25,12% no índice de custo de vida. Destaque para o tomate e cebola, que subiram 18,8% e 7,9%, respectivamente.
Outro item que teve um aumento significativo no preço foram os televisores, com alta de 8,3% em maio, e uma alta acumulada superior a 23% apenas em 2014, devido à proximidade com a copa do mundo.
Nos últimos 12 meses, Santa Maria registra uma inflação 6,8%, acima do teto de 6,5% ao ano estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional. Nos primeiros cinco meses do ano, a alta foi de 4,13%.