
A agência de risco classificação Standard & Poor's jogou um balde de água fria nesta sexta-feira no governo francês, diminuindo a nota da dívida soberana a longo prazo do país para "AA". A medida reduz a prespectiva de crescimento da economia francesa.
A S&P justificou sua decisão de reduzir a nota de de "AA+" a "AA", porque considera que o país reduziu sua margem de manobra e não pode continuar se desenvolvendo devido ao alto desemprego. O presidente François Hollande, que reuniu, nesta sexta-feira, no Palácio do Eliseu, as grandes instituições financeiras internacionais, afirmou que a França manterá seu programa em matéria econômica.
- Esta política, que repousa em reformas já começadas, é a única que permite garantir a credibilidade e garantir a coesão nacional e social - disse, antes de lembrar que os mercados exigem da França um rendimento muito baixo por sua dívida.
O primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault afirmou que a agência "não levou em conta todas as reformas" empreendidas pelo governo francês, entre elas a das aposentadorias, que tramita no Parlamento. O ministro de Economia, Pierre Moscovici, classificou de "julgamentos críticos e inexatos" os argumentos da agência de classificação.
A S&P considera que o "nível atual de desemprego reduz o apoio popular das novas reformas estruturais e setoriais e afeta as perspectivas de crescimento a longo prazo".