Apesar de o mercado financeiro projetar um PIB cada vez menor para o ano, indicadores de aquecimento da atividade começam a aparecer em diferentes segmentos, mostrando que a retomada da atividade econômica pode estar a caminho.
Depois de um primeiro semestre complicado, o segundo indica um ambiente melhor para os negócios. Dados recentes mostram que o consumo voltou a crescer, a geração de empregos permanece elevada e a confiança da indústria aumentou. São indícios de que a retomada está próxima.
- As medidas de estímulo anunciadas pelo governo começam a se refletir na economia. Isso coincide com a queda nos juros, que agora começa a chegar ao consumidor - diz Felipe Queiroz, economista da Austing Rating.
Chamado de "PIB do BC", o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) de junho surpreendeu o mercado, ao prever uma recuperação da economia mais acelerada do que especialistas calculavam. O último relatório apontou prévia de 0,75% de alta no Produto Interno Bruto (PIB) de junho em relação a maio.
Indício de que a economia começa a reagir, a busca por crédito para investimentos tem crescido, aponta o presidente do Banrisul, Túlio Zamin. Após um primeiro semestre de pouca demanda por capital para compra de máquinas utilizadas na produção, empresários voltaram a procurar o banco em julho.
- Estamos prevendo alta de 21% na procura por essas linhas no segundo semestre - afirma Zamin.
O marasmo da economia no primeiro semestre parece ter sido forte o bastante para limitar o crescimento da economia. Divulgado ontem pelo BC, o boletim Focus mostra que o mercado reduziu pela terceira semana consecutiva a previsão do PIB, para 1,75% em 2012.
Para Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria, o mercado ainda está absorvendo os efeitos de um primeiro semestre fraco:
- O crescimento consolidado no ano dependerá de um PIB bastante superior no segundo semestre.
Melhores projeções
Após trimestre fraco, economia começa a dar sinais de retomada
Indicadores recentes mostram indícios de recuperação, mas 2012 ainda terá crescimento baixo
Erik Farina
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