A publicitária gaúcha Marília Toson lançou, no início deste mês, o livro Meu Amigo Câncer, no qual conta, com leveza e positividade, sua trajetória com a doença. Aos 19 anos, ela teve que trocar a cadeira do cursinho pré-vestibular por um leito de hospital, quando foi diagnosticada com leucemia e informada de que teria apenas 20% de chance de se curar. Mas sobreviveu, e essa foi apenas a primeira batalha que teve de enfrentar.
Mais tarde, bateu de frente com outras duas grandes lutas: para realizar o sonho de ser mãe e para aceitar a convivência com uma doença que não tem cura, a osteonecrose, sequela do câncer. Tendo esses temas como pano de fundo, a obra de 152 páginas traz reflexões da autora sobre fé e resiliência.
Em conversa com Donna, Marília relata que, aos 39 anos, começou a compartilhar, de forma despretensiosa, alguns momentos de sua trajetória nas redes sociais.
— Foi quando, para minha surpresa, percebi que essas histórias estavam inspirando, motivando e engajando muitas pessoas — conta.
Em 2018, aos 40 anos, quando se recuperava de uma cirurgia para a troca das próteses totais de quadril, sentiu a vontade de "compartilhar seu olhar pela vida, que tanto a salvou, e contar tudo o que sempre fez para sobreviver e até se safar da morte três vezes". Foi quando surgiu a ideia de registrar suas vivências.
— Minha intenção foi escrever um livro para todos, não somente para quem enfrenta alguma doença. O título provocativo Meu Amigo Câncer é a tradução do meu olhar altamente positivo, persistente e esperançoso para qualquer circunstância — afirma. — As três histórias, câncer, osteonecrose e maternidade, abrem uma conversa olho no olho, sem tabus e meias palavras. Gosto de pensar que meu livro vem para ajudar e ensinar as pessoas a jogarem luz em suas vidas.