De repente o mundo está precisando de mais janelas. E janelas para serem puladas. Para sairmos um pouco dessa caixa, desse limite cultural que nós mesmos nos impomos. Esses dias eu estava conversando com um cliente sobre a experiência de morar fora. Não necessariamente do país, mas sair da cidade em que sempre vivemos. A conclusão que chegamos é que a sensação de poder "ser quem a gente quer, pois ninguém conhece a nossa história" é muito boa. É uma sensação de liberdade. Acho que pode ser por isso que muita gente "se encontra" quando faz algo assim, fica livre para "ser". Imaginei um grande imóvel, sem divisões, para irmos montando de acordo com a necessidade, aos poucos, deixando tudo livre para possíveis mudanças. Pensei em menos rótulos, menos julgamentos, mais quebras de padrões sociais, convenções estipuladas por nós mesmos, comparações, críticas. Enfim. Vamos pensar na forma como moramos e como isso reflete no nosso jeito de ser. Ou vice e versa. Ter a certeza de que quando nos espreguiçarmos, não bateremos na parede (do nosso apartamento e da nossa alma).
Roberta Hentschke: apartamentos mínimos nos tornam seres quase sob medida
Roberta Hentschke
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