Trabalhar como médica, praticar esportes e desempenhar atividades de miss – para Aline Fritsch, que foi aclamada como Miss Universe Rio Grande do Sul 2025 nessa quarta-feira (15), é possível conciliar tudo isso, além de outras metas que deseja realizar.
Em entrevista à Donna, a jovem de 26 anos conta que trabalhou muito para chegar aonde está, e que tornar-se miss foi a realização de um sonho antigo.
— Foi algo que construí desde que tinha 11 anos. Vejo que ainda tem muitas coisas que posso melhorar, mas uma das minhas maiores qualidades é que estou sempre disposta a aprender. E acredito que isso vem muito forte nos concursos de beleza, tem muito espaço para crescimento — afirma a gaúcha, natural de Lagoão, no Vale do Rio Pardo.
Atualmente, Aline trabalha como médica clínica geral na Região Metropolitana. Formada em Medicina pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), ela sonha em atuar na área de cirurgia do trauma. E não é só isso: a jovem é corredora, e treina para ser triatleta.
Portanto, ser somente a “Aline miss” não é uma opção – ela quer se dedicar às atividades de miss e manter a rotina de preparação e cuidados, mas também pretende seguir atrás de outros objetivos pessoais e profissionais.
Com as mudanças no calendário do concurso, o "reinado" dela será mais curto. No momento, a nova soberana se prepara para a etapa nacional, marcada para o dia 13 de fevereiro, em São Paulo.
A jovem recebeu a reportagem no Hotel Laghetto, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, onde está hospedada, e falou sobre a coroação, a preparação e os sonhos para o futuro. Confira a entrevista na íntegra.
Como você recebeu a notícia da aclamação? Foi uma surpresa?
Sempre foi um sonho. Desde criança, aos 11 anos, quando entrei no mundo dos concursos, conheci a minha coordenadora e comecei a participar. Nosso grande objetivo era que quando fosse mais adulta, eu participasse do Miss Rio Grande do Sul. Aí aconteceram algumas mudanças, fui fazer faculdade, me formei, e a gente deixou esse sonho mais de lado.
Não estava esperando quando me ligaram e recebi a notícia em dezembro, inclusive, estava de plantão no dia. Foi uma surpresa, acredito que agora que a ficha está começando a cair. Ainda estou absorvendo tudo, mas é uma felicidade gigantesca.
Como está sendo a rotina de preparação?
Como era um sonho que tinha desde criança, não tinha necessariamente uma preparação específica, como estamos fazendo agora. Mas era algo que já vinha cuidando. Principalmente depois do Garota Verão e do Musa do Sol, que foram meus últimos concursos. Comecei a encaixar na minha rotina, desde a questão da atividade física, alimentação, oratória, além de estudar e acompanhar os concursos.
Mesmo sendo algo mais científico (o curso de Medicina), desde o início da faculdade tentei participar o máximo possível de eventos acadêmicos, de ligas, para também ir me expondo nessa questão da oratória, de conseguir falar e me preparar melhor.
A mudança no calendário dos concursos mudou algo para você?
Na verdade, essa mudança do calendário, o fato de as coisas acontecerem de uma forma mais rápida, surgiu como uma oportunidade. Óbvio que tenho muita dedicação, estarei fazendo o meu melhor, mas isso aconteceu no momento ideal, por todas essas questões do meu trabalho. Tinha a ideia de participar do concurso, mas talvez, se eu já estivesse numa residência, não iria conseguir. Então, apesar de ser tudo muito rápido, na minha história pessoal isso veio a calhar, assim, veio em um ótimo momento.
Como você avalia sua trajetória até a aclamação?
Sou uma pessoa muito autocrítica. Esse é o meu principal trabalho hoje, em questão de terapia e construção pessoal, tentar olhar as coisas de uma forma mais leve. Brinco que não sou a mais inteligente, nem a mais bonita, mas sei o quanto sou dedicada e disciplinada. Então, se tenho um objetivo, vou estar disposta a fazer isso. Então, aprendi a olhar com mais carinho para minha trajetória e a sentir um pouco mais de orgulho.
Qual legado você espera deixar como Miss Universe RS de 2025?
É um reinado curto, mas que tem uma importância. Essa mudança, de ter mais tempo de preparação para o Miss Universo, ela reforça a questão de que há espaço para as pessoas crescerem e se desenvolverem. Tanto na questão da minha vida como médica, como de miss, a gente precisa criar ambientes para que as pessoas possam errar e, com isso, aprender e melhorar.
Em relação ao meu legado, a minha ideia e o meu principal objetivo é que não sou só a Aline médica, e não sou só a Aline miss, não sou só a Aline corredora. Temos que fazer tudo o que sonhamos e buscar esses sonhos. Não se limitar a achar que a gente vai ser ou isso ou aquilo.
Quais são os próximos sonhos e planos da Aline, enquanto mulher?
Meu sonho é participar e fazer um belo concurso no Miss Brasil e aproveitar todas as oportunidades que essa porta vai me abrir. É um momento de construção. Em relação ao concurso de miss, acredito que seja o ápice da Aline criança, dos sonhos. Então, a partir disso, vai virar novas coisas e novos sonhos. Nesse momento, ainda está em construção.
Mas, por exemplo, como médica, é um sonho fazer residência médica, me especializar em cirurgia geral e depois em cirurgia do trauma. Pretendo no futuro, ainda, fazer mais uma outra especialização. Como Aline apaixonada pelos esportes, meu sonho é ser triatleta. Hoje sou corredora, já fiz uma maratona e pretendo, no futuro, migrar para o triatlo. Então, existem vários sonhos no caminho.