Depois de seis anos no Rio de Janeiro — a vida passa rápido — e quatro endereços diferentes, hoje moro em uma rua calma no meio de Copacabana. Parece impossível, ainda mais sendo na altura do posto 5, tradicional ponto de muvuca, mas é verdade. É uma rua que, embora com trânsito e servindo de caminho para outros caminhos, tem uma rotina de bairro, pessoas sem pressa e um passarinho desgarrado que canta todas as manhãs. É um só, já o vi batendo na nossa janela, sempre o mesmo e na mesma hora. Compramos um bebedouro de passarinho para ele, daqueles enfeitados com uma flor de plástico feia, mas ele ignorou. Aparece só para bicar o vidro e vai embora.
Vida urbana
Nossa cidade é onde estão nossos maiores afetos
Morar em Copacabana tem sido, talvez, minha melhor experiência
Claudia Tajes